O Secretário Municipal de Saúde, Felippe Machado, concedeu entrevista ao programa Tempo Quente, especialmente apresentado por Sérgio Ribeiro, nesta terça-feira (24) e fez uma avaliação sobre a administração da pasta nos últimos oito anos da gestão do prefeito Marcelo Belinati.
“Quando nós assumimos, 18 mil pessoas aguardavam cirurgias
eletivas. Hoje temos 5 mil pessoas. Reduzimos o número em 70%. Tínhamos um planejamento
de zerar a fila, mas com a pandemia foi difícil de conseguir isso. Fizemos mutirões
nas mais diversas áreas, mas ainda tem muitas coisas para fazer. Deixamos uma rede
organizada, com recurso em caixas para que eles possam, se entender que é o
caminho, dar continuidade nos mutirões”, avaliou.
Sobre o período de pandemia, Machado diz que foi um cenário
desconhecido e o desafio foi grande. “Temos que nos orgulhar em Londrina, pois
somos modelos para todo o Brasil. Sobre a economia e saúde, tentamos o equilíbrio,
tanto com o comércio, para que as pessoas pudessem garantir o sustento e não saturar
as unidades hospitalares. Por isso, fizemos parcerias para comprar mais leitos.
Foi um grande desafio”, disse.
Sobre a saúde como um todo, a reestruturação da pasta foi
algo que exigiu um trabalho intenso por parte da equipe. “Londrina sempre foi
referência e tínhamos perdido isso, mas resgatamos com reformas de unidade,
modernização de equipamentos, compramos novas frotas de ambulâncias. Conseguimos
atender a demanda”, reiterou.
Em relação ao combate à dengue, o secretário comentou que o
desafio é a conscientização, mesmo com as ações de campo. “O maior problema é a
conscientização. Mais do que os mutirões e outras ações. Tratamos os locais com
potenciais de grandes focos como pontos estratégicos para o combate à doença. A
população precisa se conscientizar”, avaliou.
Sobre termos gerais da gestão durante os oito anos, Felippe
afirmou que o legado era deixar uma secretaria mais organizada. “Eu acho que
conseguimos deixar esse legado, mesmo que a Saúde precise fazer coisas a mais. Antes
recebíamos reclamações de falta de medicamento e profissionais. É possível fazer
uma entrega de qualidade”, explicou.
Sobre a entrega da gestão para a próxima secretária da Saúde,
Vivian Feijó, definida pelo prefeito eleito, Tiago Amaral, o atual titular da
pasta afirmou que a reunião de transição foi tranquila e que a profissional é
competente para lidar com os desafios da pasta.
“Ela conhece o sistema e tenho a convicção que ela tem
competência e pode fazer um bom trabalho à frente da secretaria. Desejo toda a
sorte do mundo. Confesso que fiquei tranquilo. Liberei os diretores para que pudessem
ter uma reunião sem a minha participação. Após conversar comigo, trocamos
figurinhas e dei dicas, mas pela consideração e respeito que tenho pela Vivian”,
concluiu.
Após oito anos à frente da Secretaria Municipal de Saúde, o
titular da pasta agradeceu a parceria e ainda não definiu seu futuro. Felippe
Machado encerra seu comando no dia 31 de dezembro, dia que ocorrerá a transição
do governo do município.