Toledo enfrenta um problema que já é conhecido em várias cidades: a falta de manutenção nos fios e cabos que cruzam as vias públicas. Fios amarrados em postes e até mesmo presos a suportes de lixeiras viraram paisagem comum e alvo constante de reclamações. A situação levou o Ministério Público a agir. No início do ano, o promotor de Meio Ambiente e Urbanismo, Giovani Ferri, ingressou com uma ação civil pública, e conseguiu uma liminar que obriga a Copel a apresentar, até julho, uma solução definitiva para o problema.
Até agora, 200 pontos com cabeamentos irregulares foram oficialmente mapeados, mas a estimativa do MP é de que o número real ultrapasse mil. Apesar de os cabos não serem exclusivamente da rede elétrica — muitos pertencem a empresas de telecomunicações — a Copel é responsabilizada por ser a gestora da estrutura dos postes. Caso a liminar não seja cumprida, o caso pode ser levado à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O promotor alerta que a precariedade da rede também pode estar diretamente relacionada às constantes quedas de energia registradas na cidade, um transtorno que gera prejuízos especialmente no setor produtivo. O Sindicato Rural de Toledo já encaminhou ofícios ao governador Ratinho Junior e à presidência da Copel cobrando soluções. Segundo o presidente do sindicato, os danos mais severos têm sido registrados na pecuária. Até o momento, no entanto, nenhuma resposta oficial foi apresentada pela Companhia de energia.