Foz do Iguaçu tem enfrentado sérias dificuldades na área da saúde, especialmente com o aumento nos casos de síndromes respiratórias, que sobrecarregaram ainda mais a estrutura hospitalar do município. Nesta semana, o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, esteve na fronteira para discutir com autoridades locais os próximos passos para enfrentar a crise.
Um dos principais anúncios foi a ampliação do poliambulatório da cidade, que deve dobrar sua capacidade de atendimentos. O número de cirurgias mensais, por exemplo, deve passar de 700 para 1.200. Os exames laboratoriais, de 3.500 para 7 mil. A unidade também passará a oferecer novos serviços, como tomografia, ressonância magnética, raio-X e ultrassonografia.
Apesar da expansão significativa, autoridades reconhecem que apenas o poliambulatório não será suficiente para dar conta da demanda reprimida. Por isso, voltou ao debate a possibilidade de federalização do Hospital Municipal Padre Germano Lauck, proposta que já vem sendo discutida há anos e que ganhou força diante da situação atual.
Outro tema sensível tratado durante a visita do secretário foi a baixa cobertura vacinal. Segundo os gestores, a conscientização sobre a importância das vacinas é essencial neste período de frio, especialmente para reduzir internações por doenças respiratórias, que tendem a evoluir de forma mais leve em pessoas imunizadas.
Além de atender moradores locais, Foz do Iguaçu também recebe pacientes brasileiros vindos do Paraguai e da Argentina, o que aumenta ainda mais a pressão sobre a rede de saúde pública. A articulação entre os governos municipal, estadual e federal é vista como crucial para garantir melhorias no atendimento.