Um estudo realizado pelo Centro Universitário Dinâmica das Cataratas (UDC) trouxe novos dados sobre a movimentação nas fronteiras de Foz do Iguaçu, abrangendo tanto a Ponte Internacional da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, quanto a Ponte da Fraternidade, que faz a conexão com a Argentina.
As informações atualizadas estão sendo utilizadas por órgãos públicos, principalmente na área da segurança pública, como base para o planejamento de ações estratégicas. O levantamento tem sido uma ferramenta importante para o trabalho da Receita Federal e da Polícia Federal na região de tríplice fronteira.
O auditor fiscal da Receita Federal, Claudio Roberto Caetano Marques, destacou que os dados ajudam a traçar o perfil dos viajantes que cruzam as pontes, o que permite planejar operações com maior precisão e definir o número adequado de agentes em atuação.
Já o delegado da Polícia Federal, Fabiano Bordignon, ressaltou que o estudo também baliza ações de repressão a crimes transfronteiriços, e que a contribuição da academia ao trazer essas informações é fundamental para a segurança regional.
Além da segurança, o levantamento beneficia o setor turístico e hoteleiro. Para o presidente do Sindhotéis de Foz do Iguaçu, Camilo Rorato, a pesquisa permite ao setor entender melhor o perfil do público e ajustar os serviços conforme a demanda.
De acordo com os dados divulgados, o fluxo de veículos na Ponte Internacional da Amizade caiu de 45 mil para 43 mil por dia, representando uma leve redução em relação à última pesquisa. Especialistas acreditam que a data da coleta pode ter influenciado os resultados. Ainda assim, o número impressiona: são cerca de 50 veículos por minuto, quase um carro por segundo atravessando a ponte.
Na Ponte da Fraternidade, o fluxo é de 10 mil veículos por dia. Já em relação ao número de pessoas, a Ponte da Amizade registra 93 mil passagens diárias, enquanto a Ponte da Fraternidade contabiliza 33 mil pessoas por dia.
O pró-reitor da UDC, Fábio do Prado, informou que mais de 150 alunos e professores participaram do projeto este ano, produzindo 309 resultados consolidados com dados que atendem não apenas às necessidades dos órgãos de segurança, mas também aos setores de comércio e hotelaria. Segundo ele, a pesquisa traz informações relevantes para toda a comunidade.