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Funcart encena clássico infantil com 300 bailarinos a partir desta quinta-feira

27 nov 2024 às 07:09

Um dos contos infantis mais conhecidos de todos os tempos e que reúne personagens que povoam o imaginário de todas as idades terá sua versão em balé apresentada no fim desta semana em Londrina em uma grande montagem, com figurinos e cenários luxuosos. “A Bela Adormecida” foi a peça de repertório escolhida pela Escola Municipal de Dança de Londrina para o fechamento de suas atividades de 2024. A história do francês Charles Perrault – considerado o “pai da literatura infantil” –, escrita no século XVII, estará em cartaz no Teatro Ouro Verde de quinta a domingo, nos dias 28, 29, 30 de novembro e 1º de dezembro. As apresentações serão sempre às 20h, e haverá uma matinê com a versão reduzida da mesma obra, no domingo, dia 1º, às 16h.


Os ingressos custam R$ 40 e 20 (meia-entrada) e podem ser adquiridos pelo Sympla, no endereço https://www.sympla.com.br/produtor/funcart, ou presencialmente na Funcart (Rua Souza Naves, 2.380). Caso haja ingressos restantes nos dias de apresentação, também estarão à venda na bilheteria do Ouro Verde a partir de uma hora antes. A classificação indicativa é livre. A Funcart e a Escola Municipal de Dança contam com patrocínio da Prefeitura Municipal de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.


A versão apresentada nesta minitemporada é uma adaptação do balé de repertório que estreou em 1890 na Rússia: incensada obra de Tchaikovsky, com libreto de Marius Petipa e Ivan Vsevolojsky, e coreografia de Marius Petipa. O espetáculo da Escola Municipal de Dança vem sendo pensado e ensaiado desde o fim de julho. Em cena, estarão mais de 300 bailarinos, entre alunos do 2º ao 8º ano do curso regular de balé clássico, formandos, professores da Funcart, alunos dos cursos livre e de teatro e um convidado do Ballet de Londrina.


Luciana Lupi, coordenadora da Escola Municipal de Dança, conta que um dos motivos da escolha de “A Bela Adormecida” como espetáculo de finalização é justamente o fato de o clássico ter a flexibilidade para incluir grandes elencos, além da ludicidade e beleza. “É um tema que encanta as crianças, porque temos nessa obra muitos personagens conhecidos, tem a bruxa e a princesa, figuras que estão próximas do imaginário delas. No terceiro ato tem o casamento da Princesa Aurora, no qual entram bastantes convidados conhecidos, como Chapeuzinho Vermelho, Cinderela e o Gato de Botas, por isso as crianças adoram”, explica.


Lupi assina a direção geral da montagem ao lado do professor Marciano Boletti, diretor artístico.


Dividido em três atos e com uma duração de quase duas horas, o balé traz a narrativa da princesa Aurora desde o nascimento, quando o Rei Florestan e a Rainha, seus pais, convidam fadas de várias cores e dons para abençoarem o batizado. As fadas oferecem presentes à pequena, como sabedoria, pureza, fartura e alegria. Repentinamente, entretanto, aparece Carabosse, a fada má que foi esquecida da lista de convidados da festa. Ela diz que também quer dar ao bebê um presente: a praga de que, quando completar 16 anos, Aurora furará o dedo em uma agulha envenenada e cairá em sono para sempre.


A Fada Lilás, por sua vez, que ainda não tinha presenteado a criança, dá à princesa a possibilidade de que seu sono não seja eterno, mas que possa ser anulado pelo beijo de um príncipe encantado. Por mais que o Rei proíba objetos pontiagudos no reino, a desgraça se cumpre quando a menina chega à idade determinada. Carabosse, disfarçada, consegue que Aurora se envenene com a agulha de uma roca. Só décadas mais tarde chega Désiré, seu príncipe salvador, que, ao despertá-la, pede sua mão em casamento.


O papel de Aurora é revezado entre as formandas Milaine Raquel Cruciol Caobianco e Vitória Caroline Martins Correa, já o Príncipe Désiré é interpretado por Matheus Nemoto (convidado do Ballet de Londrina) e pelo aluno Jasão Padilha Belmiro Alves. A adaptação coreográfica e os ensaios são assinados pelos professores Alessandra Menegazzo, Cláudio de Souza, Edmeia Lima, Eduarda Nishikawa, Glória Silveira, Marciano Boletti, Renata Dói, Rosangela Homem, Thacyane Vargas e Thayná Rodrigues.


Dança contemporânea – Durante a minitemporada da Escola Municipal, uma tarde será reservada para uma homenagem aos 90 anos de Londrina por meio da dança contemporânea. Trata-se do espetáculo “O Que nos Move”, que será apresentado no sábado (30), às 16h, com ingressos por igual valor, também com classificação indicativa livre. Dividida em 12 coreografias curtas, a montagem envolve mais de uma centena de bailarinos. Desde os primeiros momentos, a peça celebra o solo virgem onde viria a ser Londrina, com sua natureza e seus pioneiros, até o ritmo vibrante e cosmopolita da cidade do presente, ponto de encontro de muitas culturas.


Nas transições entre os números, serão exibidas imagens da cidade antiga e atual cedidas pelo Festival de Dança de Londrina e Museu Histórico (este último com trilha de Daniel Loureiro).


“O título ‘O que nos move’ significa que quem faz a cidade são as pessoas. O que podemos tirar disso? Cada professor-coreógrafo pegou um subtema e inspirou-se em memórias afetivas com um lugar ou evento de Londrina”, explica Cláudio de Souza, um dos criadores da montagem.


O elenco é formado por alunos de dança contemporânea e jazz do curso regular e livre da Escola Municipal de Dança. As coreografias são dos professores Cláudio de Souza, Marciano Boletti, Thacyane Vargas e Thayná Rodrigues, sob direção geral de Luciana Lupi. O apoio institucional é da Casa de Cultura da Universidade Estadual de Londrina (UEL).