O programa “Paraná
2040 – Rotas Estratégicas de Ciência, Tecnologia & Inovação” foi uma das
iniciativas detalhadas pela coordenadora de Ciência e Academia da Fundação
Araucária, Fátima Padoan, em sua palestra nesta sexta-feira (28), durante o
Festival Internacional de Inovação de Londrina (FIIL 2025).
Ela destacou que o
Paraná vive um momento de consolidação de políticas públicas estruturantes,
guiadas por planejamento, dados e ampla participação social. “Foram dois anos
de execução com uma participação muito expressiva da sociedade. Tivemos 732
participantes nos painéis e recebemos 1.182 respostas. Esse envolvimento dá
legitimidade ao trabalho”, afirmou.
O Rotas 2040,
realizado em cooperação técnica com o Observatório do Sistema Federação das
Indústrias do Estado do Paraná, visa planejar o futuro do estado em Ciência,
Tecnologia e Inovação (CT&I).
Segundo Padoan, o
mapeamento produzido pelo programa permite que cada ecossistema regional do
Paraná organize suas forças e fragilidades. “Temos nove ativos mapeados e nove
portais de dados disponíveis. Qualquer pessoa pode entrar no iAraucária e
acessar informações completas sobre seu ecossistema”, explicou.
Ela reforçou que as
rotas estratégicas não são documentos estáticos. “Elas passam por monitoramento
contínuo. A equipe acompanha se os cenários e prioridades se mantêm ou se
precisam ser ajustados”, disse.
O planejamento também
orienta diretamente o financiamento da pesquisa no estado. “As nossas
instituições de ciência e tecnologia, ao submeterem projetos, precisam mostrar
aderência às rotas. E quem decide não é a presidência da Fundação: é um comitê
técnico de aderência”, ressaltou.
Os Novos Arranjos de
Pesquisa e Inovação (NAPIs) foram apresentados como uma das soluções
sociotécnicas mais importantes da Fundação. “Os NAPIs reúnem pesquisadores de
diversas universidades para enfrentar desafios científicos que interessam ao
Paraná como um todo. Não financiamos pesquisas isoladas: financiamos
cooperação”, destacou.
Padoan apresentou
ainda exemplos de editais e programas que ilustram como a Fundação investe
junto a diferentes setores públicos e privados. Um deles é o Projetec, criado
para apoiar municípios com problemas estruturais, realizado em parceria com a
Seti e as universidades. “Temos bolsistas que visitam prédios públicos, avaliam
as condições e desenvolvem os projetos necessários para que as prefeituras
possam fazer as obras de adequação”, explicou.
Outro destaque foi o
programa Jornada de Ciência e Tecnologia do Setor Industrial Paranaense,
realizado em parceria com a Seti, o Senai e a Fiep. “Aqui, os projetos de
pesquisa são orientados pelas demandas da indústria. A finalidade é clara:
fortalecer o setor industrial paranaense”, disse.
Ela detalhou o
processo: “O pesquisador apresenta o projeto, mas quem analisa a aderência é
uma comissão formada pela Seia e pelo Senai. Queremos garantir que a pesquisa
entregue o que a indústria realmente precisa.”