Cidade

Fundação Araucária apresenta Rotas 2040 no Festival Internacional de Inovação de Londrina

28 nov 2025 às 16:31

O programa “Paraná 2040 – Rotas Estratégicas de Ciência, Tecnologia & Inovação” foi uma das iniciativas detalhadas pela coordenadora de Ciência e Academia da Fundação Araucária, Fátima Padoan, em sua palestra nesta sexta-feira (28), durante o Festival Internacional de Inovação de Londrina (FIIL 2025).

 

Ela destacou que o Paraná vive um momento de consolidação de políticas públicas estruturantes, guiadas por planejamento, dados e ampla participação social. “Foram dois anos de execução com uma participação muito expressiva da sociedade. Tivemos 732 participantes nos painéis e recebemos 1.182 respostas. Esse envolvimento dá legitimidade ao trabalho”, afirmou.

 

O Rotas 2040, realizado em cooperação técnica com o Observatório do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, visa planejar o futuro do estado em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).

 

Segundo Padoan, o mapeamento produzido pelo programa permite que cada ecossistema regional do Paraná organize suas forças e fragilidades. “Temos nove ativos mapeados e nove portais de dados disponíveis. Qualquer pessoa pode entrar no iAraucária e acessar informações completas sobre seu ecossistema”, explicou.

 

Ela reforçou que as rotas estratégicas não são documentos estáticos. “Elas passam por monitoramento contínuo. A equipe acompanha se os cenários e prioridades se mantêm ou se precisam ser ajustados”, disse.

 

O planejamento também orienta diretamente o financiamento da pesquisa no estado. “As nossas instituições de ciência e tecnologia, ao submeterem projetos, precisam mostrar aderência às rotas. E quem decide não é a presidência da Fundação: é um comitê técnico de aderência”, ressaltou.

 

Os Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs) foram apresentados como uma das soluções sociotécnicas mais importantes da Fundação. “Os NAPIs reúnem pesquisadores de diversas universidades para enfrentar desafios científicos que interessam ao Paraná como um todo. Não financiamos pesquisas isoladas: financiamos cooperação”, destacou.

 

Padoan apresentou ainda exemplos de editais e programas que ilustram como a Fundação investe junto a diferentes setores públicos e privados. Um deles é o Projetec, criado para apoiar municípios com problemas estruturais, realizado em parceria com a Seti e as universidades. “Temos bolsistas que visitam prédios públicos, avaliam as condições e desenvolvem os projetos necessários para que as prefeituras possam fazer as obras de adequação”, explicou.

 

Outro destaque foi o programa Jornada de Ciência e Tecnologia do Setor Industrial Paranaense, realizado em parceria com a Seti, o Senai e a Fiep. “Aqui, os projetos de pesquisa são orientados pelas demandas da indústria. A finalidade é clara: fortalecer o setor industrial paranaense”, disse.

 

Ela detalhou o processo: “O pesquisador apresenta o projeto, mas quem analisa a aderência é uma comissão formada pela Seia e pelo Senai. Queremos garantir que a pesquisa entregue o que a indústria realmente precisa.”