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Golpistas se passam por médicos e cobram por serviços gratuitos de pacientes internados em Foz do Iguaçu

05 nov 2025 às 12:25

Estelionatários têm se aproveitado da dor de famílias com parentes internados em hospitais de Foz do Iguaçu para aplicar golpes, cobrando por serviços e medicamentos que, na verdade, são gratuitos. Uma das vítimas relatou que, por pouco, não caiu na armadilha dos criminosos. O caso ocorreu no final de setembro, mas só agora foi divulgado, como forma de alerta. O familiar contou que preferiu manter silêncio à época por temer novos contatos dos golpistas e por estar com o pai em estado grave.


De acordo com o Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, apenas dois relatos desse tipo de golpe foram registrados neste ano, o que reforça a importância de que as vítimas denunciem para facilitar a identificação dos criminosos. Além do registro interno, é essencial que as vítimas procurem a Polícia Civil e façam o boletim de ocorrência.


O primeiro golpe confirmado de 2025 foi em junho, quando uma pessoa chegou a transferir uma quantia considerável aos estelionatários, que se passaram por um médico de Pernambuco utilizando fotos reais de redes sociais.


O crime de estelionato prevê pena de um a cinco anos de prisão, podendo ser aumentada dependendo das circunstâncias. Apesar de não ser um golpe novo, casos semelhantes têm ocorrido em outras cidades do país, e continuam fazendo vítimas justamente porque os criminosos agem em momentos de maior fragilidade emocional das famílias.


A direção do hospital informou que os dados dos pacientes são protegidos e o acesso é restrito. Cartazes com alertas sobre o golpe estão espalhados por várias áreas da unidade, inclusive na entrada, na recepção e na UTI. Além disso, antes das visitas, os familiares recebem orientações da equipe hospitalar.


A principal forma de combater o golpe é a informação. O hospital reforça que nenhum médico ou funcionário solicita pagamentos ou transferências por serviços prestados. Em caso de dúvida, o familiar deve entrar em contato diretamente com a instituição antes de realizar qualquer transação.