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Governo afirma que valor das ações da Copel será investido em diversos setores

09 ago 2023 às 21:43

O Governo do Paraná informou que deve utilizar o dinheiro da venda das ações da Copel em obras de habitação, educação e infraestrutura urbana. Dentro do processo de desestatização, as ações que serão negociadas na bolsa de valores em São Paulo, já foram reservadas por investidores.

 

A negociação está marcada para esta quinta (10), com o pagamento na sexta-feira (11). A divulgação do resultado da venda, quantas ações, qual o valor e quais os novos acionistas devem ser feitos na segunda-feira (14).

 

O que se sabe é que será uma venda pulverizada, para qualquer pessoa e com limite de compra para que não haja um controlador e se torne uma corporação. O valor calculado é de R$ 4,5 bilhões, mas pode passar dos R$ 5,2 bilhões.

 

Esse dinheiro deve ser investido em obras de habitação, educação, infraestrutura urbana e rodoviária. Ainda de acordo com o Governo, o Estado vai manter o poder de veto em decisões estratégicas da Copel, e ainda, nome e sede devem ser mantidos, assim como investimentos mínimos. Ainda assim, a privatização é alvo de polêmica.

 

“Essa venda, por parte do governador Ratinho Junior é um absurdo. A Copel é o maior patrimônio do povo paranaense. Com a venda da Copel, o Paraná deixa de ser acionista, o que significa serviços mais caros”, argumentou a vereadora Lenir de Assis (PT).

 

O Deputado Estadual Tercílio Turini já tinha se posicionado contra quando o assunto foi discutido na Assembleia Legislativa. Para ele, a venda das ações é uma perda para o Paraná. “A Copel conseguiu fazer esse trabalho fundamental. O Paraná cresceu, se desenvolveu. Eu, particularmente, acho que a Copel ainda é fundamental para o desenvolvimento do Estado. Então acho que o Estado deveria ter o controle dessa empresa”, argumentou o deputado.

 

“Além disso ela tem a questão social. Não adianta o Estado ser rico e importante, mas as pessoas pobres passando necessidade. Se não tiver tarefa social, esse benefício não chega para as pessoas. Como é que vai ficar daqui pra frente se o Estado não tem mais controle?”, completou.