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Greve das professoras: Londrina oferece reajuste de 4,77% nos repasses aos CEIs

14 mai 2025 às 21:35

No segundo dia de greve das professoras dos CEIs (Centros de Educação Infantil) em Londrina, representantes do Sinibref (Sindicato Interestadual das Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas) se reuniram na tarde desta quarta-feira (14) com representantes da Secretária Municipal de Gestão Pública na tentativa de colocar fim à paralisação.

 

A diretoria do Sinibref alega que o movimento é considerado ilegítimo e que o Sinpro (Sindicato dos Professores), não teria entrado em contato para tentar um acordo. Porém, o sindicato que representa os professores dos CEIs (Centros de Educação Infantil) afirma ter enviado um relatório de reajuste salarial para Secretaria de Educação e Gestão Pública no dia 5 de maio deste ano.

 

A principal motivação para a greve é o reajuste salarial dos professores e a disparidade de valores entre as profissionais das unidades filantrópicas e as professoras concursadas.

 

Em Londrina, existem dois tipos de instituições que atendem a rede municipal de ensino. Os CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) e os CEIs, que são administrados por entidades filantrópicas e mantém um acordo de cooperação com a Prefeitura - a verba do município é utilizada para pagamento dos profissionais, alimentação das crianças e a manutenção da estrutura da unidade. Os professores que trabalham nos CMEIs são concursados e recebem R$ 4,8 mil. Já os professores das instituições filantrópicas ganham R$ 2.190.

 

A prefeitura informou que fará o reajuste dos repasses em 4,77%, levando em consideração o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Porém como o valor não foi previsto pela gestão anterior, a administração precisou remanejar o orçamento. “O município não está apenas concedendo o índice, como também vai fazer o pagamento retroativo pelos meses anteriores desde o início do ano. E aí, com esse índice, a gente espera que a entidade consiga fazer as adequações necessárias para atender os professores através da convenção coletiva de trabalho”, declarou Leonardo Carneiro.

 

Ainda não há um prazo para o repasse, mas a prefeitura iniciou os trâmites legais no início desta semana. O reajuste deve impactar o orçamento municipal em R$ 3,6 milhões por ano. O poder público afirmou que realizará fiscalizações nas unidades para verificar se estão cumprindo a liminar que prevê que 60% do efetivo siga trabalhando.

 

A prefeitura informou ainda recebeu boletins de ocorrência, em que profissionais das unidades pedem a presença da guarda municipal nas instituições. O sindicado patronal garantiu que se as instituições não seguirem a liminar, o Sinpro pode ser penalizado com multa diária de R$ 5 mil.