A Tarobá teve acesso ao vídeo da audiência de custódia da suspeita de matar brutalmente Cícero Anselmo da Silva, de 65 anos, no cruzamento entre as ruas Pernambuco e João de Matos no bairro Coqueiral, em Cascavel.
Na audiência, ao responder os questionamentos da justiça, a suspeita afirma que já foi presa por Maria da Penha e ameaça, tendo inclusive uma medida protetiva em seu desfavor. Ela ainda tem uma condenação por desobediência e vias de fato e afirmou já ter cumprido a pena. A mulher ainda afirma que faz uso de drogas há cerca de 10 anos e que já foi internada, mas que ficou apenas dois meses na clínica de reabilitação.
Em sua declaração, o Ministério Público solicitou a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva, devido aos fatos referentes ao crime brutal e também a situação da suspeita ser moradora em situação de rua, o que dificultaria em casos de autuações e outras necessidades referentes ao processo legal.
Já a advogada de defesa da suspeita requereu a liberdade provisória, alegando que a ré citou endereço de sua irmã no depoimento e que a mulher teria agido em legítima defesa, tendo sido seguida pelo homem que supostamente teria tentado abusá-la, tendo reagido para proteger sua integridade física, o que resultou na morte da vítima.
Mesmo com as solicitações da defesa, a juíza seguiu o parecer do Ministério Público e converteu a prisão em flagrante para prisão preventiva "para garantir a ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal", diz o documento.