O câncer é uma doença agressiva e o tratamento exige força, resiliência e apoio. Quando o diagnóstico atinge crianças, cada detalhe faz diferença, e transformar o hospital em um ambiente acolhedor é uma parte fundamental do processo.
Helena, de apenas seis anos, vive em Foz do Iguaçu. A rotina seguia normalmente até que, no meio do ano passado, um pequeno sinal chamou a atenção dos pais. Após exames, veio o diagnóstico: leucemia, o tipo de câncer mais comum entre crianças e adolescentes. Mas não é o único. No Brasil, são registrados anualmente cerca de 8.500 novos casos de câncer infantojuvenil, segundo o Instituto Nacional de Câncer.
A oncologista pediátrica Carmem Fiori alerta para a importância de observar qualquer alteração no comportamento ou aparência da criança. Diagnósticos precoces aumentam as chances de sucesso no tratamento.
Referência no atendimento oncológico de crianças e adolescentes nas regiões oeste, sudoeste e noroeste do Paraná, a Uopeccan, em Cascavel, abriga não só pacientes, mas histórias de coragem. Como a de dona Iracema, que acompanha o neto, recentemente diagnosticado com linfoma de Hodgkin, câncer que atinge os gânglios linfáticos. Entre uma sessão e outra, a esperança segue firme na bagagem.
Além do tratamento clínico, o hospital aposta no lado lúdico para acolher os pequenos. A ala pediátrica tem cores vivas, brinquedos e profissionais treinados para lidar com a infância com empatia, leveza e imaginação. Tudo é pensado para tornar a internação menos dolorosa.
Bernardo, de 4 anos, também enfrenta o câncer com apoio da equipe, dos remédios e do ambiente que o cerca. Um sorriso, um desenho, até um cachorro-quente preparado com carinho por uma criança que já demonstra força impressionante. Para os pais, ver esse brilho nos olhos é o combustível para seguir.
Cada vitória, cada alta hospitalar, é uma conquista. E a meta de todos ali é a mesma: vencer a doença e devolver a infância que a luta contra o câncer tenta interromper.