O dia começou com operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) em Cascavel. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em investigação que apura crimes de corrupção ativa, passiva e fraudes em licitações públicas. Um dos principais alvos da operação, batizada de "Raio-X", foi o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP).
A ação ocorreu também nos municípios de Quedas do Iguaçu, Cafelândia e Maringá. De acordo com o GAECO, as diligências têm como objetivo obter provas relacionadas a supostas irregularidades em processos licitatórios envolvendo serviços prestados ao HUOP ao longo da última década.
As investigações do núcleo de Cascavel começaram após uma denúncia que apontava a atuação coordenada de pessoas físicas e jurídicas para fraudar licitações, especialmente na contratação de serviços especializados de radiologia. A apuração indica que o coordenador do setor de imagens do hospital teria favorecido uma empresa específica, além de receber pagamentos suspeitos relacionados aos contratos firmados.
Durante o cumprimento dos mandados, documentos, celulares e outros materiais foram apreendidos para análise do Ministério Público. Uma pessoa foi presa por porte ilegal de arma de fogo durante a operação.
Procurada, a direção do HUOP informou, por meio de nota, que seguirá colaborando com as autoridades, mas que toda manifestação sobre o caso será feita ao Poder Judiciário.
Nota do HUOP na íntegra:
"O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) informa que os trabalhos realizados hoje (7), pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) seguem todos os trâmites legais e o HUOP mantém o compromisso com a transparência ao colaborar com a entrega das documentações necessárias solicitadas pelas autoridades.
Toda manifestação sobre o caso será feita ao Poder Judiciário."