Um desfecho definitivo marcou um dos casos de feminicídio mais chocantes do Brasil. A Justiça confirmou, sem possibilidade de novos recursos, a condenação de Luis Felipe Manvailer pela morte da advogada Tatiane Spitzner, ocorrida em 2018, em Guarapuava. A decisão foi registrada no último dia 9 e tornou-se definitiva, encerrando uma série de recursos apresentados pela defesa ao longo dos últimos anos.
O caso teve ampla repercussão nacional após a divulgação das imagens das câmeras de segurança do prédio onde o casal morava. As gravações mostraram Manvailer agredindo Tatiane na garagem, no elevador e no corredor do apartamento. Pouco tempo depois, ela foi encontrada morta, após ser jogada da sacada do quarto andar. O laudo do IML confirmou que a causa da morte foi asfixia mecânica.
Condenado em maio de 2021 por um júri popular a 31 anos, 9 meses e 18 dias de prisão, Manvailer tentava anular o julgamento alegando irregularidades. Todos os pedidos foram negados. A partir de agora, ele continuará cumprindo pena na Penitenciária Industrial de Guarapuava, onde está preso desde 22 de julho de 2018, um dia após o crime. Até o momento, são quase sete anos de prisão cumpridos, tempo que será descontado da pena total. A progressão de regime dependerá de decisão judicial e avaliação de boa conduta.
Além da pena de reclusão, Manvailer foi condenado a pagar R$ 100 mil de indenização à família da vítima. O valor ainda deve ser atualizado e pode ser ampliado com outra ação por danos morais, segundo o advogado da família de Tatiane.