Uma história que envolve afeto, legislação ambiental e um animal muito conhecido na cidade de Serranópolis do Iguaçu, no Oeste do Paraná, ganhou repercussão nesta semana. Trata-se do caso do Tiba, um macaco-prego que viveu por 35 anos com a família de dona Joice e que foi retirado da casa onde sempre viveu pelo Instituto Água e Terra (IAT), sob a justificativa de maus-tratos.
A retirada aconteceu recentemente, mas a comoção começou há meses, quando o IAT notificou a família após constatar o que classificou como “ambiente sujo e inadequado” para o bem-estar do animal. Desde então, a situação se tornou motivo de angústia para dona Joice, que enfrenta dificuldades em aceitar a ausência do companheiro de tantos anos.
Em Serranópolis, cidade com pouco mais de 5 mil habitantes, a maioria da população apoia a devolução do animal à família, alegando que Tiba sempre foi tratado com carinho e fazia parte do cotidiano local.
O IAT, por outro lado, afirma que está cumprindo a legislação ambiental. Segundo o órgão, manter animais silvestres em cativeiro doméstico exige autorização específica, além de condições adequadas de manejo e estrutura. A família havia sido multada e, conforme o acordo, o animal permaneceu na casa até que o instituto encontrasse um local adequado para abrigá-lo.
Ainda conforme o IAT, o local onde Tiba vivia não apresentava condições mínimas exigidas por lei, e por isso o resgate foi necessário. Sobre a possibilidade de devolução, o Instituto é enfático: não há previsão para que o macaco volte ao antigo lar.
Enquanto isso, a família segue mobilizada em busca de uma solução para tentar reaver o companheiro de tantos anos.