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Mãe faz apelo para filha autista conseguir vaga em instituição perto de casa

08 jan 2024 às 15:39

Uma mãe do Vista Bela, em Londrina, procurou o Grupo Tarobá de Comunicação para pedir que a filha, que necessita de cuidados especiais, estude mais perto de casa.

 

A Luana Marques Pires, tem 33 anos é autista não verbal e tem esquizofrenia. Ela depende de cuidados 24h por dia com remédios e alimentação. Por causa disso a Aurora Marques, mãe da Luana, não consegue trabalhar.

 

Durante oito anos a Luana foi para a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), mas chegar até lá era difícil. “Eu tinha que pegar três ônibus pra levar ela. Ela tinha bastante dificuldade pra subir nos ônibus, é como se travasse a perna dela. Eu tinha que ir empurrando pra ela subir e segurar no banco pra ela sentar”, explica Aurora Marques.

 

A falta de acessibilidade e até de empatia das outras pessoas era mais um entrave a ser enfrentado pelas duas. “Gente com pressa querendo subir também e que achava ruim que ela demorava.”

 

Devido todas as dificuldades, há pouco mais de um ano a Luana deixou de frequentar a Apae.


A Aurora conseguiu um laudo com a médica neuropedagoga da associação, para tentar transporte porta a porta. Ela chegou a procurar o Ministério Público, que afirmou que a Luana não tinha direito ao transporte que facilitaria o acesso dela à Apae. Nesse meio tempo a Luana perdeu a vaga e agora fica em casa, sem nenhum estímulo que dá a ela e a família mais qualidade de vida.

 

Desde então a mãe vem tentando vaga em uma instituição próximo de casa. A Associação Flavia Cristina seria a ideal, porém a fila de espera é longa. Enquanto isso, a Luana fica sem o atendimento especializado que tanto precisa.

 

A produção da Tarobá, entrou em contato com a Associação de Pais que informou que foi a mãe quem desistiu da vaga, em razão da dificuldade de deslocamento e transporte. A Apae ainda ressaltou que se empenha em atender àqueles que procuram os serviços da entidade. Em nota a Associação Flávia Cristina, confirmou que houve a solicitação de vaga para a Educação de Jovens e Adultos, em 2022, mas existem 19 pessoas aguardando vaga na frente da Luana, em um total de 55 pessoas que estão na fila.