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Mães de crianças vítimas de abuso em CMEI de Cascavel buscam justiça

17 set 2025 às 14:54

Duas mães de crianças que teriam sido vítimas de abuso sexual em um CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) em Cascavel compareceram ao Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes) em busca de justiça. O suspeito é um agente de apoio, conhecido como "professor monstro", que já foi condenado por abuso sexual contra uma criança de 4 anos, mas ainda responde em liberdade.


Uma das mães, que tenta provar desde 2022 que o filho foi vítima do profissional, esteve no Nucria com a criança para uma escuta assistida. Ela conta que chegou a conversar com a direção do CMEI na época, mas o caso não foi para a frente. A mulher, que participou da CPI do caso, agora busca recuperar provas junto à Polícia Civil para que o suspeito pague pelo que fez.


Já a outra mãe soube do abuso em 2024, por meio de desenhos feitos pelo filho, de apenas três anos. Ela já havia prestado depoimento à polícia e retornou ao local para acompanhar a escuta da criança.


CPI e investigações


O caso veio à tona depois que mães se revoltaram com a demora no afastamento do agente e com a falta de justiça. A Câmara de Vereadores abriu uma CPI para investigar as falhas no processo por parte da prefeitura. Durante as oitivas, foram ouvidas pessoas como servidores, mães, Secretaria de Educação, ex-prefeito e procuradores jurídicos.


Os membros da comissão estão finalizando o relatório, que será encaminhado ao Ministério Público, à Polícia Civil e ao poder público, com o objetivo de entender as falhas no processo e evitar que novos casos de abuso sejam registrados. O caso segue com a Polícia Civil, que continua ouvindo mães e crianças.