Na Câmara de Vereadores de Cascavel, um grupo de mães se reuniu nesta segunda-feira (05) para cobrar explicações sobre um caso que gerou grande revolta na comunidade: o de um agente de apoio que continuou atuando na rede municipal de ensino mesmo após uma denúncia de abuso sexual. O homem foi condenado a 30 anos de prisão, mas as mães questionam como ele pôde permanecer em contato com crianças durante o período em que a denúncia ainda estava sendo apurada.
O grupo de mães protocolou um requerimento solicitando a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as responsabilidades envolvidas e garantir que os responsáveis sejam devidamente ouvidos. O objetivo é pressionar os vereadores a abrirem a comissão e esclarecerem os detalhes desse caso, que abalou a confiança das famílias.
A criação da CPI quase foi aprovada, mas foi suspensa após uma solicitação do prefeito Renato Silva, que prometeu que a sindicância em andamento trará respostas claras. Ele também afirmou que os requerimentos protocolados pelos vereadores seriam atendidos. O prazo para a conclusão da sindicância é o dia 27 de maio, e os vereadores têm até esta semana para responder aos requerimentos apresentados.
Uma das mães, que preferiu não se identificar, disse que o grupo quer uma resposta dos vereadores sobre o motivo de a CPI ainda não ter sido protocolada. O vereador Everton Guimarães afirmou que a Câmara já fez vários requerimentos à Secretaria de Educação e explicou que, caso esses requerimentos não respondam a todas as perguntas, a CPI pode sim ser uma solução.
As mães afirmaram que não vão desistir até obterem respostas adequadas sobre o caso, que continua a gerar revolta e apreensão entre as famílias da cidade.