O major Ícaro Gabriel, do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost), de Curitiba, explicou como foi o resgate do menino Arthur de Lima, de 2 anos, que foi encontrado a quase 1 km de distância em linha reta da casa dos pais na tarde deste domingo (18), na zona rural de Cambira, no norte do Paraná.
Segundo ele, foi um trabalho técnico e cansativo. “Uma criança que andou o que ele andou e que ficou duas noites no mato não é pouca coisa. É um menino esperto. Nós desconfiamos que ele teve acesso à água. Duas noites sem cobertor e descalço”, disse o oficial, em entrevista à imprensa no local.
O major afirmou que o menino era acostumado a andar, porque morava no sítio. “Muita gente põe em xeque uma criança tão nova, mas pelo histórico dele tínhamos a certeza de que tinha condições de se locomover no mato”, pontuou.
A criança foi levada para Hospital Nossa Senhora de Fátima em Jandaia do Sul. “Não parece que tem lesão grave. Em breve estará aí brincando de novo”, disse.
Segundo ele, um voluntário achou a criança. O major afirmou que cerca de 50 pessoas particparam das buscas, entre profissionais e moradores da região. “A criança andou muito. Um quilômetro em linha reta. É muito mato”, disse o major em entrevista.
Ele explica que a operação contou com cães farejadores, helicóptero e drones. “Foi um trabalho de todos para achar o menino. Nenhum momento a gente desacreditou”. Segundo ele, o menino foi achado antes das 72 horas, quando a situação começa a ficar crítica, por conta dos riscos de desnutrição.
“A gente tinha vários voluntários, gente que conhece a região. Todos trabalhando coordenados e fomos descartando áreas. Hoje (domingo) de manhã foi localizada várias pegadas e desde cedo estávamos focados no setor e conseguimos lograr êxito e localizá-lo... duas noites (dormindo ao relento)? Tem muito adulto que não conseguiria”, acrescentou.
Com informações e imagens do TNOnline