Conforme a decisão das mulheres em reunião na última sexta-feira, as manifestações contra assédio e importunação sexual denunciadas contra o médico ginecologista da UEL (Universidade Estadual de Londrina), que foi afastado, acontecem nesta segunda-feira (27).
Os dois atos acontecem no RU (Restaurante Universitário), dentro do campus da universidade. O primeiro está marcado para as 12h e contará com a concentração das manifestantes e um cortejo até a reitoria para cobrar agilidade na apuração do caso, além de entregar uma carta reforçando o apoio às investigações sobre as denúncias.
Às 18h, as mulheres se reunirão também no restaurante para panfletagem afim de conscientizar e apoiar outras vítimas a denunciarem casos dentro da universidade.
A psicóloga Ana Letícia Moraes, uma das organizadoras do movimento, diz que as manifestações buscam cobrar uma punição efetiva ao suspeito e apoiar outras mulheres que passaram por situações parecidas com o médico ou outras pessoas, a denunciarem. "A gente tá aqui para cobrar, para falar e para pensar sobre essa cultura patriarcal que permite que estes homens façam isso com essas mulheres", conta.
O caso
Uma estudante da UEL denunciou o médico ginecologista da Dasc (Divisão de Assistência à Saúde da Comunidade). O homem foi acusado de abuso e importunação sexual por comportamentos durante uma consulta.
A Dasc é gratuita e presta serviços de atendimento nas áreas de clínica médica, ginecologia, enfermagem e odontologia a alunos e funcionários da universidade, através do Hospital Universitário.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (24), a reitoria da UEL informou que, com a denúncia, o médico foi afastado do cargo e não exerce, atualmente, atividades dentro da universidade. Apenas um Boletim de Ocorrência foi registrado, mas outras mulheres denunciaram o profissional nas redes sociais.