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Menino assume mortes de animais: "Ele falou que chutou a cabeça e arremessou na parede”

15 out 2024 às 21:14

Após o ataque apenas a coelhinha apelidada de Vitória sobreviveu. Ao todo 20 coelhos e três porquinhos-da-índia não resistiram as agressões de um menino de apenas nove anos. A fazendinha foi inaugurada no sábado (12) e no dia seguinte, domingo (13), a ação foi registrada

 

O caso teve uma grande repercussão na pacata Nova Fátima, no Norte Pioneiro. A cidade fica a quase 100 km de Londrina e tem pouco mais de 7.200 habitantes, de acordo com o Censo do IBGE.

 

Câmeras de segurança mostram a criança de camiseta azul com um cachorro invadindo o local. Ele vai até o espaço onde estavam os pequenos pets e a sessão de tortura contra os animais começa. Brenda Almeida, médica veterinária e proprietária do local conta o que viu quando percebeu que alguém havia entrado no espaço. "Eu vi pela câmera, vi ele e o cachorro, aí achei que ele estava brincando e vim correndo aqui."

 

No momento em que Brenda chegou na fazendinha a criança fugiu pelo telhado. Reconhecendo a criança como morador próximo, ela e o outro proprietário do local vão até a casa do menino junto com a Polícia Militar e lá ele confessou a ação. "Inicialmente ele acusou o cachorro, aí eu disse que tinha examinado os animais e não tinha mordida, aí ele confessou que tinha sido ele. Ele falou que chutou a cabeça e arremessou na parede”, contou a médica.  

 

Um boletim de ocorrência foi registrado pelos proprietários. Em nota a Polícia Militar informou que os responsáveis já foram identificados e a documentação encaminhada à Polícia Civil para procedimentos da Polícia Judiciária. Como se trata de uma criança de nove anos, não há implicações criminais.

 

Mesmo com o prejuízo e com o chocante caso, os proprietários reforçam que o autor é uma criança de apenas nove anos e precisa de cuidados. Para o médico veterinário Lúcio Barreto o menino precisa de ajuda e apoio. "A gente não sabe como é essa questão familiar, como foi a vida desse menino. A nossa preocupação é essa, é uma criança, que a gente trate como uma criança, que tenha apoio, suporte... não adianta ficar julgando agora, a gente tem que ver pelo o que esse menino passou."