Quase sete meses após o acidente que resultou na morte da soldado da Polícia Militar Jéssyca Layla Santos, de 26 anos, em 11 de maio deste ano, na PR-090 em Santa Cecília do Pavão, a defesa de Hyan Felipe da Silva Castilho, de 20 anos, único suspeito pelo ocorrido, busca apresentar novas evidências que poderiam inocentá-lo. O veículo Gol em que Hyan estava voltava de uma festa quando invadiu a pista contrária, batendo de frente com a motocicleta da policial, que retornava do plantão. Hyan foi preso em flagrante, mas atualmente responde em liberdade, monitorado por tornozeleira eletrônica.
A advogada de defesa alega que há provas de que outra pessoa poderia estar dirigindo o carro no momento da colisão, e que uma testemunha teria mentido em depoimento inicial. Imagens de câmera de segurança mostram uma jovem identificada como Anne, de 18 anos, saindo pela porta do passageiro do veículo às 01h44 da manhã. Em depoimento, Anne afirmou ter dirigido o carro durante a festa. A defesa sustenta que Hyan sequer estaria no carro quando Anne foi deixada em casa.
No entanto, as versões se contradizem. Anne, em outro momento do depoimento, diz: "Eu imagino que ele veio e voltou pra festa". A defesa sustenta que Hyan não estava dirigindo no momento do acidente, mas não soube indicar quem seria o motorista. Apesar das provas coletadas pela família, Hyan ainda é o único suspeito.
Um outro colega de Hyan, que teria dirigido o carro em outro momento da madrugada, foi ouvido e negou envolvimento no acidente.
Durante o depoimento no dia dos fatos, Hyan permaneceu em silêncio. No entanto, policiais que atenderam a ocorrência confirmaram que ele se recusou a fazer o teste do bafômetro, apesar de apresentar sinais de embriaguez. Os policiais também relataram que, em um primeiro momento, Hyan alegou que outra pessoa estava dirigindo, chegando a citar Carlos Daniel (de 16 anos) e Anne, mas depois confessou ter assumido a direção. Um policial afirmou ainda que Hyan estava no banco do passageiro e que buscas por outras pessoas no local do acidente não encontraram mais ninguém.
A advogada alega que Hyan sofreu amnésia e não se recorda do que realmente teria acontecido.