A morte do Papa Francisco, ocorrida nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, causou comoção mundial e mobilizou autoridades e representantes religiosos. No Paraná, o governador Ratinho Junior decretou luto oficial de três dias em homenagem ao pontífice.
Francisco morreu às 2h35 pelo horário de Brasília (7h35 no Vaticano). O comunicado oficial destacou seu legado marcado por simplicidade, justiça social e amor ao próximo, com especial atenção aos pobres e marginalizados.
Jorge Mario Bergoglio, argentino de Buenos Aires, foi o primeiro papa das Américas. Filho de imigrantes italianos, iniciou sua formação como técnico em química, mas logo seguiu a vida religiosa. Ordenado sacerdote em 1969, tornou-se bispo auxiliar de Buenos Aires e, em 2001, foi nomeado cardeal por João Paulo II. Em 2013, assumiu o papado, sendo reconhecido mundialmente por sua postura humilde e carismática.
O papa se recuperava de uma pneumonia nos dois pulmões. Após 40 dias de internação, teve alta, mas permaneceu sob cuidados médicos. Sua última aparição pública foi neste domingo de Páscoa, na tradicional bênção na Praça de São Pedro.
No Paraná, fiéis lamentam a perda. Em Foz do Iguaçu, uma missa em sufrágio será celebrada nesta segunda, às 19h30, na Catedral Nossa Senhora de Guadalupe. Entre os que lamentaram a perda está o casal Odete e Domingos, que destacaram a importância dos 12 anos de pontificado de Francisco.
Com a morte do papa, será iniciado o Conclave — processo que escolhe o novo líder da Igreja Católica. A eleição deve começar em até 20 dias e contará com sete cardeais brasileiros aptos a votar. Entre eles, Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, é um dos nomes mais experientes. Gaúcho de nascimento, ele atuou por mais de 30 anos no oeste do Paraná, com passagens por Quatro Pontes, Cascavel e Toledo.
O mundo agora se despede de Francisco, mas seus ensinamentos seguem vivos na fé e nos corações dos católicos.