O motociclista de 22 anos que atropelou e matou o bebê de 1 ano e nove meses no Residencial Fariz Gebrim, em Apucarana (PR), no último domingo (16), teve a prisão temporária convertida em prisão preventiva. O juiz Oswaldo Soares Neto, titular da 1ª Vara Criminal, atendeu ao pedido feito pelo promotor Fabrício Drumond Monteiro, da 5ª Promotoria Criminal do Ministério Público (MP-PR) , e decretou a medida nesta terça-feira (18).
Claudemar Gael Neves Rodrigues, que tem um irmão gêmeo, brincava na rua no Residencial Fariz Gebrim quando foi atingido pelo motociclista. Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e depois para o Hospital da Providência, onde foi constatado um traumatismo craniano. A criança sofreu cinco paradas cardíacas e morreu, segundo a família.
O motociclista foi espancado por moradores no local. Depois de receber atendimento no Hospital da Providência, ele foi preso em flagrante e encaminhado ao minipresídio.
Segundo o pedido do MP, assinado pelo promotor Fabricio Drumond Monteiro, a prisão preventiva se justifica pela gravidade do acidente, no caso o homicídio culposo, e também por conta dele conduzir uma motocicleta sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e ainda sem placas e com chassi adulterado.
Outro ponto que pesou no pedido, segundo o MP, foi o fato de o jovem ter condenação de prisão, transitada em julgado, pelo crime de tráfico de drogas. Ele cumpre a pena de 4 anos e 2 meses em regime semiaberto. O MP também quer agora a regressão da pena para regime fechado.
O advogado Márcio Marques Rei, que defende o rapaz suspeito, afirmou ao TNOnline que vai apresentar recurso à prisão preventiva. "Nós vamos acompanhar o andamento do inquérito policial e, após o encerramento, iremos apresentar a tese defensiva pertinente. Não é possível anteciparmos qualquer linha de defesa antes do encerramento do inquérito policial. Sobre a decisão judicial que decretou a prisão preventiva, iremos recorrer perante o tribunal competente", disse.