Após receber a denúncia da falta de ultrassom na rede pública de Londrina, o Ministério Público notificou a Secretaria de Saúde de Londrina para que preste esclarecimentos. A situação tem afetado diversas gestantes e pode acarretar em sérios problemas para a mãe e também para o bebê.
De acordo com a promotoria de saúde, o objetivo da é garantir o acesso das mulheres aos exames pré-natais. Através do sistema único de saúde, é direito de toda gestante fazer no mínimo duas ultrassons durante a gravidez, uma no primeiro trimestre e a outra nos últimos três meses. “Com a ultrassom é possível verificar uma gravidez fora do útero, a questão de uma criança com deficiência, problemas na placenta, uma gravidez de risco. O ultrassom é a garantia de uma gravidez tranquila e de um sucesso no parto tanto para a mãe quanto para a criança”, cobrou a promotora Susana de Lacerda.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que existe uma grande dificuldade em encontrar clínicas que façam o exame, por conta do valor estipulado pela tabela do SUS (Sistema Único de Saúde), que é de R$ 24,20. Atualmente, o município oferta cerca de 350 exames por mês, mas afirmou que tem buscado alternativas para minimizar a falta de vagas, incluindo a aquisição de novos aparelhos.
O exame de ultrassonografia deve ser realizado por médicos especialistas, o que, segundo a secretaria, torna ainda mais desafiador atrair os profissionais pelos valores oferecidos.
Um edital de chamamento público para a contratação dos especialistas, foi realizado, mas o número de interessados foi muito baixo, e não atendeu a necessidade.
O município afirmou ainda que as equipes técnicas e jurídicas da secretaria estão avaliando outras alternativas para buscar uma forma de contratação emergencial dos médicos.