O Ministério Público do Paraná designou dois promotores para acompanhar a investigação da morte do homem que cometeu o atentado contra o Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, na última segunda-feira (19).
O atirador dividia a cela com um outro suspeito de participação no atentado, e foi encontrado sem vida na noite de terça, na Casa de Custódia, em Londrina. A suspeita é que ele tenha tirado a própria vida, mas alguns pontos ainda precisam ser esclarecidos.
O promotor Jorge Barreto explica que “a ideia é apurar de que forma isso aconteceu. Se isso era previsível ou não e se isso era evitável ou não. Este é o objeto do inquérito, acredito eu. Ainda não tive acesso porque acabou de ser instaurado. Mas será presidido pelo Dr. João Reis, que é o delegado da divisão de homicídios de Londrina”.
A promotoria de Londrina se restringe ao ponto da investigação da morte do acusado. O atentado está sendo acompanhado pelo Ministério Público de Cambé, e a investigação corre em segredo de justiça.
A investigação aponta que o caso pode não ter sido uma ação isolada. Antes de morrer, o ex-aluno do colégio que cometeu o atentado contou ao advogado que havia alguém que teria planejado o massacre.
Um outro homem de 18 anos, suspeito de envolvimento no atentado, foi preso nesta quarta-feira no município de Gravatá, em Pernambuco. Ele pode ser o mentor do crime que incluiria ações simultâneas em outras escolas. A Polícia Civil apura se esses ataques poderiam incluir escolas em outras cidades espalhadas pelo país.