O Ministério Público do Paraná denunciou por homicídio qualificado o motorista que matou uma professora em um acidente de trânsito em Foz do Iguaçu. O caso ocorreu no fim da tarde do dia 16 de julho, na Avenida Maceió. A vítima, Ana Lúcia Telles Batista, de 41 anos, estava em uma motocicleta quando foi atingida por um carro que trafegava na contramão. Ela não resistiu aos ferimentos.
De acordo com a denúncia, o condutor, de 62 anos, estava embriagado, não possuía carteira de habilitação e dirigia em alta velocidade, realizando ultrapassagens perigosas. Inicialmente, a Polícia Civil investigava o caso como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No entanto, o MP considerou que houve dolo eventual, ou seja, o motorista assumiu o risco de provocar a morte ao tomar a decisão de dirigir sob efeito de álcool e violar regras básicas de trânsito.
A Promotoria ainda apontou duas qualificadoras: o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e o perigo comum, já que outros motoristas também foram colocados em risco. A denúncia foi aceita pela Justiça, e o acusado permanece preso preventivamente.
Ana Lúcia trabalhava na área administrativa do Conselho Tutelar desde 2019. Ela deixou o marido e seis filhos. No dia do acidente, o motorista se recusou a sair do carro e só aceitou fazer o teste do bafômetro após insistência das equipes de segurança. Ele admitiu ter consumido cerveja com um amigo minutos antes da batida.
Além da responsabilização criminal, o MP pede que o acusado pague R$ 100 mil à família da professora, como forma de reparação pelos danos causados.
O caso reforça um alerta já conhecido, mas infelizmente recorrente: dirigir embriagado é uma atitude criminosa, que precisa ser punida com o máximo rigor da lei.