A mulher que conduzia o carro que atropelou e matou o menino Fernando Lorenzo Souza Gehlen, no dia 14 de junho, foi denunciada pelo Ministério Público, pelos crimes de homicídio culposo e lesão corporal culposa.
Na denúncia, o Ministério Público afirma que a condutora foi imprudente e negligente durante a condução do veículo, além de ter demonstrado impericia por conta da falta de frenagem no momento em que atropelou Fernando e outras três pessoas que estavam na calçada.
A denúncia agora será analisada pela Justiça, que irá definir quais as punições que serão impostas a mulher.
A Rua Paraná e a Avenida Piquiri são vias rápidas, e o acidente gerou debates sobre a segurança no local. Após pedidos de melhorias na sinalização, a Transitar realizou estudos e implantou faixas de pedestres coloridas, que aumentam a visibilidade e a segurança dos pedestres. Pilares também foram instalados em volta da calçada como forma de proteção adicional.
A defesa da motorista emitiu uma nota sobre o caso:
"Na data de ontem, foi oferecida denúncia contra a Sra. Márcia
Sobrinho, envolvendo as seguintes imputações: a) artigo 303, caput, do
Código de Trânsito Brasileiro (CTB); b) artigo 303, § 1º, combinado com
artigo 302, § 1º, inciso II, do CTB; e c) artigo 302, § 1º, inciso II, do CTB.
A defesa da Sra. Márcia Sobrinho vem a público manifestar sua
posição de que, no caso concreto, o oferecimento de um Acordo de Não
Persecução Penal (ANPP) seria a medida mais adequada e justa.
Desta feita, em momento oportuno a defesa se manifestará nos
autos, esperando que o Ministério Público considere a oferta do ANPP
como a solução mais apropriada para o presente caso, reafirmando seu
compromisso com a justiça e a equidade", diz a nota.
Relembre o caso
O acidente foi registrado no dia 14 de junho. A motorista transitava pela Avenida Piquiri, furou a preferência e colidiu com um motociclista que seguia pela Rua Paraná. Na sequência, ela invadiu a calçada, atropelando Fernando Lorenzo, sua mãe e um amigo da família. O menino foi arrastado por alguns metros e morreu no local.
Dias depois, a motorista prestou depoimento e segue respondendo ao processo em liberdade. Enquanto isso, a família do pequeno Nando continua lutando diariamente por justiça e mudanças que possam evitar novas tragédias.