Cidade

Museu Histórico de Londrina fecha em setembro para obras na parte elétrica

10 ago 2024 às 10:44

A partir de setembro, o Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss, órgão suplementar da UEL responsável pela salvaguarda de parte da memória e do patrimônio histórico da cidade, deverá fechar para visitas devido a obras de revitalização que serão realizadas na parte elétrica do prédio. A UEL finalizou o contrato com a empresa licitada no final do mês de julho. Os representantes deverão estar em Londrina na próxima semana para finalizar os procedimentos, adquirir material e iniciar a contratação de mão-de-obra. De acordo com o contrato, a reforma está prevista para ser executada em 12 meses. Nesse período, as visitas ficam suspensas, até para garantir a segurança do público.


O contrato prevê um investimento de cerca de R$ 1,5 milhão, recurso proveniente da Unidade Executiva do Fundo Paraná (UEF), por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). A obra deverá contemplar todas as instalações elétricas, substituindo a rede de fiação, pontos de distribuição de energia, circuitos, caixas de passagem, condutores, entre outros.


Segundo a diretora do Museu, Edmeia Ribeiro, a revitalização é importante para modernização e segurança de um dos mais importantes patrimônios culturais do Paraná. Ela explica que o prédio foi construído na década de 1950 e passou por melhorias na estrutura física nos últimos anos. Com a reforma, o espaço poderá receber futuramente equipamentos de refrigeração para que o material histórico não seja colocado em risco.



Medalha de bronze



O acervo é composto por 1,3 milhão de itens, desde documentos, arquivos em áudio, 3D e etc. De acordo com a diretora, o Museu está entre os três mais visitados do estado. Nos últimos dois anos, foram registrados quase 50 mil visitantes de mais de 30 países, uma média de mais de 2 mil visitantes por mês. Neste ano, que ainda nem terminou, mais de 17 mil pessoas já passaram pelo prédio, o que demonstra o interesse do público pelo patrimônio histórico.


Segundo Edmeia, em média 50% dos visitantes são estudantes que procuram o Museu para interagir com a história recente de Londrina e do Norte do Paraná. A outra parte representa visitantes espontâneos atraídos pela boa localização, pela arquitetura e pelo simbolismo do local que foi a estação ferroviária da cidade. “As pessoas se reconhecem naquele espaço”, define a diretora, salientando que a Exposição de Longa Duração, onde foram reconstruídos cenários de residências e estabelecimentos dos primeiros habitantes de Londrina, exibem objetos e mobiliários que os visitantes reconhecem e se conectam com o passado.



Histórico



As reformas merecerão um investimento de cerca de R$ 1,5 milhão, a partir de intermediação de deputados estaduais. No entanto, os primeiros recursos para viabilizar essas obras chegaram ainda em 2020, também a partir de intermédio com a Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep), para contratação de equipe técnica para confecção do projeto arquitetônico.


Após essa fase, o processo acabou prejudicado pela pandemia da Covid-19, sendo retomado em 2022, quando a Universidade, por meio da Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan), conseguiu concluir todo o processo. Houve, ainda, um aditivo de R$ 87,5 mil, via Fundo Paraná.