Cidade

Mutirão da Cohab realiza cadastro de moradores do Flores do Campo

07 dez 2023 às 13:57

A Companhia Municipal de Habitação de Londrina (Cohab) realizou, nesta quinta-feira (07), um mutirão de cadastramento das famílias da ocupação do Residencial Flores do Campo. O objetivo é o levantar o número de moradores para benefícios em projetos futuros.


A ação trouxe esperança aos moradores do Flores do Campo, e reacendeu o sonho da casa própria e de uma vida digna para os filhos.


Com o cadastramento feito durante o mutirão, a Cohab quer fazer um levantando do número exato de moradores, para que eles possam ser beneficiados com habitações que serão construídas em projetos futuros.


As famílias entram em uma fila de espera. Mulheres com filhos pequenos, idosos e deficientes têm prioridade.


De acordo com o Bruno Ubiratan, presidente da Cohab, “é preciso, primeiro, entender a situação dramática das famílias do Flores do Campo, principalmente em dias de chuva, com obras inacabadas, sem saneamento básico, de esgoto, com ligações clandestinas de água”.


O Residencial Flores do Campo, projetado para ter 1.218 unidades, construídas com recursos federais, teve as obras paralisadas entre 2014 e 2015. Em 2016 a obra inacabada foi invadida por centenas de pessoas.

A estimativa é de que aproximadamente 300 famílias estejam ocupando o Residencial. São pessoas de básica renda. A maioria recebe benefícios sociais como o Bolsa Família; metade são venezuelanos, que se refugiaram no local. Eles também têm direitos aos benefícios do governo e programas habitacionais, desde que estejam com a documentação regularizada no país.


Atualmente, a reconstrução do Residencial Flores do Campo não pode ser feita, porque ele não se encaixa mais ao faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida, por não atender requisitos básicos, como possuir escola e posto de saúde.


A estrutura também está deteriorada. Muitos imóveis oferecem risco e teriam que ser demolidos. A Cohab quer fazer a retirada das famílias e busca uma solução para o espaço com o Governo Federal.


“Nós precisamos realmente organizar isso tudo, entender o que está acontecendo, para depois levá-las, transferir, ou regularizá-las em uma área, dar uma outra qualidade, uma outra moradia para elas. É isso que nós estamos trabalhando intensamente” explica Bruno Ubiratan.