Nesta terça-feira (17), Dia Mundial de Combate à Seca, o Paraná reforça as ações para enfrentar a estiagem que atinge o estado desde dezembro. Apesar de contar com abundância hídrica, o Paraná não está imune à escassez de chuvas, que já provoca queda nos reservatórios e impactos no abastecimento e na produção agrícola.
A data serve de alerta para a importância da gestão eficiente da água. Um decreto que declara situação de emergência foi publicado para agilizar medidas de contenção e resposta aos impactos da seca em diversas regiões paranaenses.
No último ano, municípios como Goioerê e Ponta Grossa enfrentaram rodízios no fornecimento de água devido à escassez. Para evitar que situações como essas se repitam, o Instituto Água e Terra (IAT) intensificou a emissão de outorgas para uso da água, totalizando 16.489 documentos em 2024 — um aumento de 42% em relação a 2023.
O Estado também deu início a um amplo estudo das bacias hidrográficas, considerando fatores ambientais, sociais, econômicos e políticos. A iniciativa visa subsidiar a revisão dos Planos de Bacias Hidrográficas e permitir uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos.
Outro destaque é o programa Água no Campo, que desde 2019 já perfurou 676 poços artesianos em 167 municípios. O investimento total ultrapassa R$ 10,4 milhões. Até o final de 2025, a previsão é entregar mais 200 poços para comunidades rurais que não têm acesso à água potável.
A Secretaria de Agricultura também desenvolve o programa Irriga Paraná, que busca ampliar as áreas irrigadas no estado. Atualmente, apenas 3% das lavouras contam com irrigação, e o objetivo é aumentar esse índice em 20% nos próximos anos.
As ações integradas buscam garantir o abastecimento, preservar a produção agrícola e proteger o meio ambiente diante dos efeitos cada vez mais frequentes da estiagem no Paraná.