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Mãe denuncia abuso em CMEI e cobra autoridades; secretaria de educação rebate acusações

09 set 2025 às 23:15

Um novo caso de denúncia envolvendo um servidor do CMEI Maria Vaz Meister, localizado no Jardim Itália, foi revelado após depoimento da mãe da vítima. Não há relação com o caso conhecido como do “professor monstro”, trata-se de um profissional distinto e veio a tona na última segunda-feira (08). 


Segundo a mãe, o caso teria ocorrido em 2020, quando a criança tinha apenas 4 anos. Hoje, com 8, ela afirma ter buscado apoio junto à diretoria da unidade e à Secretaria de Educação (Semed), mas se sentiu preterida: “Procurei a diretora do CMEI, e ela falou que ele seria ouvido, porém, ela falou assim mãe a gente conversou com ele e parece que ele foi sincero no que ele disse, porque ele colocava o dedo na boca da sua filha para ela mostrar um dente que ela tinha uma cárie, mas minha filha nunca teve problema dentário, nesse momento eu mostrei o desenho que minha filha fez e nesse momento ela me encaminhou para semed, e foi aí que eles disseram a gente não pode afastar o servidor porque sua filha não está mais no CMEI e ela não corre mais risco.''


A direção da unidade, representada por Natalina Naconeski, foi contatada pela reportagem, e disse que no dia em que foi procurada por whatsapp ela pediu para comparecer até o CMEI: ''Na ocasião foi o pai que fez a denúncia, eu me solidarizei com eles e fiz algumas orientações qeu são pertinentes no acolhimento da criança principalmente, nesse momento o pai não tinha nenhuma foto do desenho da criança e eu disse para ele que estaria comunicando a secretaria da educação, ele foi afastado logo após a denúncia, sendo transferido para outra instituição''.


Semed, por sua vez, negou as declarações da mãe e afirmou que, desde o primeiro relato, todos os trâmites legais foram rigorosamente cumpridos, culminando na exoneração do servidor envolvido. A secretária Márcia Baldini reafirmou que as acusações são falsas.


''Bom primeiramente eu digo que essa mãe está mentindo, porque nós temos atas aqui que essa mãe esteve aqui na SEMED, assinando a denúncia em 2022, o caso foi registrado inicialmente em 2021, o PAD foi aberto ainda em 2022 e o servidor foi exonerado no primeiro semestre de 2023, ou seja ele foi exonerado pelo processo administrativo.'' disse Marcia Baldini, secretária de educação.


O esclarecimento incluiu detalhes sobre o processo administrativo que resultou na exoneração, ressaltando a observância dos procedimentos legais. ''Quando chega a denúncia a gente encaminha para a corregedoria, a exoneração não cabe a nós, mas sim a corregedoria e a secretaria de planejamento e gestão, esse caso inclusive a pessoa não permaneceu no CMEI e ele foi para uma escola, deu problema lá efinalizou na merenda escolar até a exoneração'' disse Márcia Baldini. 


Paralelamente, novas denúncias de abuso sexual envolvendo outros profissionais da rede municipal chegaram à Câmara dos Vereadores. Isso pode levar à prorrogação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em curso.

“Fomos até a controladoria, dos três casos, um dos casos o servidor já foi demitido não está em sala de aula mais e nos outros casos, nós pedimos informações para a secretaria para saber se ele foi afastado ou realocado.'' disse Everton Guimarães, presidente da CPI ''Professor Monstro''. 


Uma das mães inclusive relatou que chegou a cobrar o ex-prefeito Leonaldo Paranhos sobre a demora do município em tomar providências: ''Eu questionei o ex-prefeito, eu falei para ele prefeito você tá vendo esse copinho aqui na minha mão? E amassei, e falei, meu filho nunca mais será o mesmo e ele pegou e falou assim ''você queria que eu fizesse o que?'', eu queria que ele tivesse afastado, Cascavel precisa entender que existem mais Pads de agentes de apoio que f oram arquivados''


A Tarobá também ouviu o ex-prefeito Leonaldo Paranhos sobre o tema: ''Eu estive na câmara e teve uma senhora que falou  sobre uma criança que não era uma criança deste fato, e nós falamos, e eu disse a ela que tudo que eu poderia ter feito eu fiz, ao ponto de exigir trocar a comissão de inquerito que apurava, para eu poder mandar embora (o servidor).''


Paranhos ainda disse estar preocupado que essa questão vire política ou de interesse pessoal: ''Isso pode levar a gente a construir provas para o condenado, condenado administrativamente e pela justiça, quando a gente coloca dúvida naquilo que foi determinado a gente pode abrir uma brecha. Cascavel hoje é referência por mandar embora um servidor público que abusou de uma criança. E porque que demorou? Porque é um processo complicado, a comissão que fazia a investigação me pedia mais prazo e eu só podia dar mais prazo ou arquivar, e eu disse o seguinte eu jamais vou arquivar este processo enquanto não me trouxerem um relatório conclusivo,. completou o ex-prefeito.