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Novembro Roxo: relatos demonstram o desafio da prematuridade na UTI Neonatal da Hoesp

14 nov 2024 às 09:09
Por: Portal Tarobá
- Foto: HOESP

"Tem um versículo que me apeguei muito e me mantém de pé: 'A fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos', eu sempre confiei que meu meu filho ia sobreviver, que não ia ter sequelas e hoje ele está saudável". Esse é o relato da mãe do Vicente Fernandes de Lima, Rosiane Fernandes, que acompanha o filho na UTI Neonatal da Hoesp/Hospital Bom Jesus desde o dia 2 de julho, data em que nasceu. 


Vicente é o primeiro filho da Rosiane, nasceu com 24 semanas pesando cerca de 650 gramas. "É difícil falar sobre esse período, o mundo da gente cai quando entramos na UTI, são vários sentimentos. Como eu já estou há um longo período acompanhando meu filho no hospital, agora o medo e angústia saíram. Consegui pegar o meu bebê no colo depois de muito tempo, pois ele estava muito grave, e também fui liberada para amamentar uma vez ao dia. Ele tem pegado o peito, e eu lutei nesses quatro meses que estou aqui para isso, fiquei muito feliz", conta Rosiane.


Quem também nasceu nas 24 semanas de gestação foi o Cristofer Matheus de Campos, com 625 gramas. "Descobri em abril que o colo do meu útero estava aberto e que eu poderia ter um aborto a qualquer momento. Até que no começo de julho comecei a sangrar e precisaram me levar para o hospital", diz a mãe Lucinéia de Campos. 


Cristofer nasceu no dia 8 de julho e no dia 11 de outubro recebeu alta pesando mais de 2 quilos. "Não tenho palavras para descrever o que senti nesse momento, uma mistura de alegria e gratidão. Só tenho a agradecer por esse milagre, agradecer a toda equipe da UTI, estou muito feliz por ele estar comigo nos meus braços", ressalta Lucinéia. 


A UTI Neonatal da Hoesp tem 11 leitos, atende em média 200 bebês por mês, e é referência no atendimento de gestantes de alto risco. "Em razão disso, temos uma demanda grande de atendimento de prematuros extremos, que nascem a partir de 24/25 semanas de gestação", explica a enfermeira coordenadora da UTI Neonatal da Hoesp, Laura Barbieri Cerón Reis.

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Os prematuros extremos são os maiores desafios da UTI Neonatal. "Prematuro extremo e baixo peso extremo. É um desafio, mas ver eles ganhando peso e indo para a casa nos deixa muito feliz", comenta o coordenador da UTI Neonatal, Dr. João Pedro Pontes Câmara. 


E por aqui toda a equipe é envolvida no atendimento humanizado. Na UTI Neonatal os pais têm acesso livre para visitar os bebês, e isso traz benefícios para a recuperação. "O impacto na nossa vida é grande, visito o Vicente todos os dias, e os profissionais se tornaram minha família. No início foi muito difícil, é um medo, uma dor na alma, ele é meu primeiro filho, mas o conselho que eu dou é confiar", finaliza Rosiane. 


Projeto Pequeno Amor


A UTI Neonatal da Hoesp conta com o Projeto Pequeno Amor há seis anos. Nesse projeto, voluntários arrecadam fundos para investir em melhorias na unidade. Com esse recurso, a UTI já passou por reformas e também garantiu equipamentos de ponta para o atendimento dos bebês.

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