Uma série de furtos tem assustado comerciantes da zona leste de Londrina, com ocorrências que se repetem desde o último mês. A Polícia Civil investiga a possibilidade de conexão entre os crimes, que seguem padrões semelhantes de horário e forma de agir. As imagens de segurança são peças-chave para a identificação dos responsáveis.
A onda de crimes teve início em 16 de junho, quando uma padaria foi furtada. As câmeras registraram um suspeito com o rosto coberto por uma camiseta levando celulares do balcão.
Apenas uma semana depois, em 25 de junho, uma pizzaria no início da Rua Foz do Iguaçu, próximo à Avenida Maringá, foi invadida. O criminoso vasculhou o local e furtou duas garrafas de cachaça, gerando um prejuízo de cem reais para o estabelecimento.
O furto mais recente e com maior impacto financeiro aconteceu em um restaurante na Avenida Maringá, nos dias 6 e 7 de julho. Nesta ação, que envolveu pelo menos três pessoas, o prejuízo estimado é de aproximadamente R$ 20 mil, incluindo alimentos, bebidas, doces e dinheiro em espécie.
A coincidência entre as três situações é a presença de um homem vestindo uma blusa xadrez, cuja semelhança levanta a suspeita de ser a mesma pessoa envolvida nos furtos à padaria, à pizzaria e ao restaurante.
Nesta semana, um restaurante na Avenida Juscelino Kubitschek também foi invadido. A polícia agiu rapidamente e prendeu o suspeito, que está sendo investigado por possível ligação com os casos anteriores.
O Capitão Emerson Castro, do 5º Batalhão da Polícia Militar, destacou a sofisticação das ações criminosas.
“Os bandidos estão atualizados. Quando o alarme dispara, em menos de dois minutos eles já estão fora do local. Eles sabem que é esse o tempo de resposta da viatura”, afirmou.
O Capitão reforça que a Polícia Militar está intensificando o patrulhamento preventivo e a presença ostensiva nas áreas mais vulneráveis para coibir esses furtos e “que não ocorram novas invasões”.
A polícia pede que a comunicação à PM seja feita o mais rápido possível em caso de ocorrências.
“Na maioria destes casos, os autores já são conhecidos no meio policial. A comunicação imediata, antes do furto ou da efetiva ação, seria ideal para a prevenção. Mas, se não for possível, o registro do boletim de ocorrência e o acionamento rápido da Polícia Militar são essenciais para a repressão”, explica o Capitão Castro.
Para os empresários, a situação gera revolta e um sentimento de impotência.
Angeliana Salle, proprietária do restaurante invadido no último final de semana, desabafou sobre o impacto dos furtos:
“Crime de menor potencial? Olha o quanto me afeta”.