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Operação "Filling the Gap" prende veterinário por tráfico de cetamina clandestina

04 dez 2025 às 20:23

A Polícia Civil de São Paulo, através de unidades subordinadas ao Departamento de Polícia Judiciária do Interior 2 (Deinter 2 - Campinas), participou da Operação "Filling the Gap", deflagrada a partir de investigações da Polícia Civil do Paraná para combater a comercialização clandestina do anestésico veterinário conhecido como Cetamina.


As investigações paranaenses apontaram que a emissão fraudulenta das receitas para aquisição da substância ocorria na região de Campinas, que também servia como ponto de armazenamento e distribuição para o Paraná e Santa Catarina.


Em Campinas, foi preso um veterinário que emitia as receitas de forma irregular. Segundo a Polícia Civil, em cerca de quatro anos, ele emitiu quase 800 receitas para a aquisição de impressionantes 123 mil frascos do anestésico. Estima-se que essa quantidade seria suficiente para anestesiar quase 3 milhões de cães de médio porte ou 8 milhões de gatos.


Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e prisão temporária.


  • Estiva Gerbi/SP: Policiais prenderam em flagrante dois comerciantes na posse irregular de cerca de 1.500 frascos do produto.

  • Valinhos/SP: Vasta quantidade de Cetamina também foi apreendida pelas equipes, mas sem prisões no local.


A Cetamina está inserida na Portaria 344/98 da Anvisa, que lista substâncias controladas que só podem ser consumidas com prescrição médica. A organização criminosa, que vinha atuando nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio de Janeiro, é investigada pelo crime de Tráfico de Drogas, visto que a substância é usada por humanos como entorpecente e na produção de drogas sintéticas.


Estima-se que a organização tenha movimentado cerca de R$ 60 milhões, considerando que cada ampola, vendida licitamente por R$ 130, era comercializada no mercado clandestino por até quatro vezes esse valor.

As investigações prosseguem sob a responsabilidade da Polícia Civil do Paraná, a cargo da Delegada Paula Brisola. Além dos policiais civis paulistas e paranaenses, fiscais do Ministério da Agricultura (MAPA) participaram da operação, efetuando as vistorias de suas competências.