O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou na manhã desta terça-feira (13) mais uma etapa da Operação “Juros e Pólvora”, que agora avança para apurar um suposto esquema de corrupção ativa e passiva envolvendo agentes públicos do município de Quedas do Iguaçu, no Oeste do Paraná.
Ao todo, foram cumpridos mandados judiciais, tendo como alvos oito vereadores da cidade e um secretário municipal. A operação também resultou na prisão em flagrante de um dos investigados por porte ilegal de arma de fogo.
Esta nova fase é um desdobramento das investigações iniciadas em 2024, que começaram com denúncias de agiotagem e venda ilegal de armas e munições, tendo como figura central um advogado de Quedas do Iguaçu. De acordo com o Ministério Público, além de negociar armamentos de forma clandestina, o profissional realizava empréstimos a juros abusivos e trocava cheques, configurando prática de agiotagem.
Na fase anterior da operação, deflagrada em 18 de março, os agentes do Gaeco cumpriram 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Quedas do Iguaçu (PR) e Tigrinhos (SC). Na ocasião, uma pessoa foi presa por posse ilegal de arma de fogo, e os policiais apreenderam uma espingarda calibre 12, R$ 44 mil em dinheiro, cheques, 14 caixas de cigarros contrabandeados (cerca de 7 mil maços), 61 pneus de origem desconhecida, celulares e documentos.
A operação desta terça-feira busca aprofundar os indícios de envolvimento de agentes políticos no esquema criminoso, incluindo possíveis acordos irregulares com empresários e favorecimentos indevidos. O Gaeco não descarta novos desdobramentos da investigação, que segue em sigilo.