O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Londrina, braço do Ministério Público do Paraná, deflagrou na manhã desta sexta-feira (4) a "Operação London". A ação cumpriu três mandados de busca e apreensão em Londrina e na cidade paulista de Itaquaquecetuba, resultando na prisão de uma pessoa.
A investigação apura crimes de lavagem de dinheiro ligados a uma facção criminosa de atuação nacional, que opera sob o comando de dentro de presídios. Diante das provas adquiridas, a Justiça autorizou o bloqueio de valores que somam mais de R$ 1,3 milhão. As ordens foram expedidas pela 3ª Vara Criminal de Londrina, com apoio do Gaeco de Guarulhos, em São Paulo.
A Operação London é um desdobramento de outras investigações e leva o nome de um dos estabelecimentos comerciais envolvidos. Segundo o promotor Jorge Barreto, os integrantes da facção utilizavam duas empresas em Londrina – uma revenda de veículos e um lava-rápido – usando contas bancárias dos proprietários para movimentar o dinheiro ilícito. Durante os trabalhos, agentes do Gaeco prenderam um dos investigados por posse ilegal de munições de arma de uso restrito. A esposa do preso também é alvo das investigações do Ministério Público.
A suspeita é que o esquema de lavagem de dinheiro operava em vários estados brasileiros e tenha movimentado mais de R$ 17 milhões. O promotor Jorge Barreto detalhou a abrangência da operação e como a investigação foi conduzida.
O Ministério Público de Londrina apontou que o capital das duas empresas dos envolvidos era superior aos valores arrecadados desde 2021, quando as investigações foram iniciadas, até 2025. O casal é considerado o braço direito da facção criminosa, e diante das provas, os bens de ambos foram sequestrados pela Justiça.
As investigações continuam, e o promotor Jorge Barreto afirmou que outras pessoas em Londrina e em outras cidades do Brasil poderão ser presas a qualquer momento, conforme o avanço da apuração.