O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do Núcleo de Londrina do Gaeco, deflagrou nesta quinta-feira (6) a segunda fase da Operação Passiflora. O objetivo é desarticular uma organização criminosa armada, voltada ao tráfico de drogas e ao comércio ilegal de armas de fogo.
A operação cumpre sete mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão em quatro estados do país. O líder da organização já havia sido preso em 2024 e é suspeito de envolvimento no assalto ao Banco Central de Fortaleza.
A investigação, que resultou nas novas medidas cautelares, é um desdobramento da prisão do líder do grupo em 2024 (Autos 0011370-73.2024.8.16.0014). Na ocasião da captura, foram apreendidos celulares e documentos falsos que ele utilizava para ocultar sua identidade. O investigado já havia sido alvo de apurações anteriores sobre sua participação no assalto ao Banco Central de Fortaleza.
A análise dos dados dos celulares apreendidos, autorizada judicialmente, revelou fortes indícios de que o líder comanda a complexa organização criminosa, contando com o auxílio de associados em diversos estados da Federação.
As provas coletadas indicam que o grupo atua no tráfico de grandes quantidades de entorpecentes, incluindo carregamentos de toneladas de drogas camufladas em caixas de frutas. Além do tráfico de drogas, o grupo negociava armas de fogo, incluindo fuzis, e possui ligações com facções criminosas nacionais.
As medidas judiciais foram autorizadas pelo Juízo da 5ª Vara Criminal de Londrina (Autos 0057466-15.2025.8.16.0014) e estão sendo cumpridas em:
Paraná: Londrina, Piraquara e Cianorte.
Minas Gerais: Contagem e São Joaquim das Bicas.
Goiás: Anápolis.
Bahia: Dom Basílio e Barreiras.
Os alvos da operação exerciam funções de logística, transporte, armazenamento e gerência financeira dentro da estrutura do grupo criminoso.
A Operação Passiflora é resultado de trabalho integrado entre o Gaeco de Londrina, a Agência Regional de Inteligência do 2º Comando Regional da PM, com apoio dos Gaecos de Minas Gerais, Goiás e Bahia, além da Polícia Militar da Bahia.