Cidade

Operação "Santos Dumont" desmantela quadrilha de assaltantes de aeroporto em Londrina

05 nov 2025 às 11:45

A Polícia Civil deflagrou, nesta quarta-feira (05), a Operação “Santos Dumont”, com o objetivo de prender os suspeitos pelo assalto milionário ocorrido em 30 de agosto de 2023, no Aeroporto 14 Bis, na zona norte de Londrina. A ação resultou no cumprimento de 29 mandados judiciais — sendo 23 de busca e apreensão e 6 de prisão — em várias cidades do Paraná e São Paulo, com 14 alvos concentrados em Londrina.


A operação contou com apoio aéreo de um helicóptero da Polícia Civil. O delegado Matheus Prado, responsável pela investigação, destacou o modo de execução do crime, que chamou a atenção pelo uso de uniformes falsos da Polícia Civil para enganar as vítimas.


O Roubo Milionário e a Execução

No dia do assalto, três homens disfarçados invadiram o local. O alvo era um empresário que teria vendido um software agrícola a um comprador do Mato Grosso. A negociação envolvia US$ 210 mil (cerca de R$ 1 milhão na época). O grupo levou todo o dinheiro, celulares e um computador.


Durante a fuga, houve acompanhamento tático da Polícia Militar, que resultou na morte de um dos suspeitos, identificado como “Marcinho”, em confronto em área rural.


Segundo o delegado, os ladrões tiveram acesso à informação sobre o dinheiro por meio de contato direto entre o comprador e a vítima, o que facilitou a execução do crime.


Resultados da Operação e Estrutura do Grupo


A operação mobilizou equipes que partiram do Parque Ney Braga, em Londrina, e cumpriram mandados em Cambé, Curitiba e Alvorada do Sul (PR), além de Assis, Tarumã e Bady Bassitt (SP).


Ao todo, sete pessoas foram presasseis diretamente envolvidas no roubo e uma por tráfico de drogas.


A investigação apontou que o grupo utilizava empresas de fachada para lavar o dinheiro roubado e praticava agiotagem, com ameaças a devedores. Um dos presos, dono de uma empresa de bancos virtuais, foi identificado como um dos líderes do esquema.


Apreensões

A Polícia Civil apreendeu:


  • Armas de vários calibres e munições;


  • Rádios comunicadores;


  • Dinheiro, celulares, computadores e pedras preciosas.


A Justiça determinou o sequestro de bens, incluindo imóveis, carros de luxo e valores em contas bancárias, além da quebra de sigilo telefônico dos envolvidos.



O delegado Matheus Prado confirmou que as investigações continuam e que novas prisões podem ocorrer.