A Polícia Civil deflagrou, nesta quarta-feira (05), a Operação “Santos Dumont”, com o objetivo de prender os suspeitos pelo assalto milionário ocorrido em 30 de agosto de 2023, no Aeroporto 14 Bis, na zona norte de Londrina. A ação resultou no cumprimento de 29 mandados judiciais — sendo 23 de busca e apreensão e 6 de prisão — em várias cidades do Paraná e São Paulo, com 14 alvos concentrados em Londrina.
A operação contou com apoio aéreo de um helicóptero da Polícia Civil. O delegado Matheus Prado, responsável pela investigação, destacou o modo de execução do crime, que chamou a atenção pelo uso de uniformes falsos da Polícia Civil para enganar as vítimas.
O Roubo Milionário e a Execução
No dia do assalto, três homens disfarçados invadiram o local. O alvo era um empresário que teria vendido um software agrícola a um comprador do Mato Grosso. A negociação envolvia US$ 210 mil (cerca de R$ 1 milhão na época). O grupo levou todo o dinheiro, celulares e um computador.
Durante a fuga, houve acompanhamento tático da Polícia Militar, que resultou na morte de um dos suspeitos, identificado como “Marcinho”, em confronto em área rural.
Segundo o delegado, os ladrões tiveram acesso à informação sobre o dinheiro por meio de contato direto entre o comprador e a vítima, o que facilitou a execução do crime.
Resultados da Operação e Estrutura do Grupo
A operação mobilizou equipes que partiram do Parque Ney Braga, em Londrina, e cumpriram mandados em Cambé, Curitiba e Alvorada do Sul (PR), além de Assis, Tarumã e Bady Bassitt (SP).
Ao todo, sete pessoas foram presas — seis diretamente envolvidas no roubo e uma por tráfico de drogas.
A investigação apontou que o grupo utilizava empresas de fachada para lavar o dinheiro roubado e praticava agiotagem, com ameaças a devedores. Um dos presos, dono de uma empresa de bancos virtuais, foi identificado como um dos líderes do esquema.
Apreensões
A Polícia Civil apreendeu:
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Armas de vários calibres e munições;
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Rádios comunicadores;
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Dinheiro, celulares, computadores e pedras preciosas.
A Justiça determinou o sequestro de bens, incluindo imóveis, carros de luxo e valores em contas bancárias, além da quebra de sigilo telefônico dos envolvidos.
O delegado Matheus Prado confirmou que as investigações continuam e que novas prisões podem ocorrer.