Vendedores ambulantes que atuam no distrito Guará, em Guarapuava, estão apreensivos com uma ordem judicial que determina a retirada das barracas instaladas às margens da BR-277. A medida foi solicitada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que alega ser necessária para viabilizar a futura duplicação do trecho da rodovia.
A Prefeitura de Guarapuava, por sua vez, assegura que está buscando alternativas para realocar os ambulantes sem prejudicar sua atividade econômica, que é essencial para o sustento de muitas famílias na região.
No trecho da BR-277 onde os vendedores atuam, próximo a uma lombada que reduz a velocidade dos veículos, é comum ver motoristas parando em sequência para comprar produtos típicos da região, como frutas e o pinhão, carro-chefe das vendas no inverno. As barracas ficam a poucos metros da pista, em um acostamento estreito, o que tem gerado preocupação devido ao risco de acidentes.
Em 12 de fevereiro, a Prefeitura de Guarapuava realizou uma reunião com representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) e do DNIT para discutir o futuro dos vendedores. O secretário de Trânsito e Transportes de Guarapuava, Coronel Péricles de Matos, destacou que a administração municipal está empenhada em encontrar soluções viáveis para acomodar os feirantes em um novo local, sem comprometer a continuidade de suas atividades.
Em nota, o DNIT informou que a rodovia será assumida por uma nova concessionária no próximo mês, e que será essa empresa a responsável por definir os prazos para a remoção dos vendedores ambulantes. O órgão reforçou que a medida é essencial para as obras de duplicação do trecho, que visam melhorar a infraestrutura da rodovia e aumentar a segurança para os motoristas.
Enquanto aguardam uma solução definitiva, os vendedores ambulantes do distrito Guará enfrentam um futuro incerto e aguardam uma definição sobre sua realocação.
