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Pai de adolescente morta conta como foi acidente causado por menino de 12 anos

07 jan 2025 às 15:21

Recebeu alta hospitalar o pai da adolescente morta em um acidente de trânsito, na Vila Romana, em Londrina, causado por um menino, de 12 anos. Mesmo abalado e em recuperação, Luiz Fernando Gaspar Batista, de 43 anos, falou sobre o atropelamento e como recebeu a notícia da morte da filha.

 

Luiz Fernando, está sem o movimento na perna direita, que passou por cirurgia por causa das fraturas. A recuperação deve levar no mínimo quatro meses. O homem estava na moto com a filha Rafaela dos Santos Batista, de 17 anos, quando sofreu o acidente.

 

O caso foi registrado no dia 27 de dezembro. Imagens da câmera de segurança de um condomínio flagraram o momento exato do acidente. Nela é possível ver que o motociclista desce pela Rua José Paiva Cavalcante e reduz a velocidade para entrar na Rua Professora Francisca Vieira Souza. O veículo utilitário vem em alta velocidade e bate na traseira da moto, que é arremessada contra o poste. Com o impacto, a moça morreu na hora.

 

O motorista do carro, um adolescente de 12 anos, teria pego o veículo escondido do avô, que é comerciante na Vila Romana, mesmo bairro onde ocorreu o acidente.  


Rafaela saiu de casa de moto com o pai para comprar um refrigerante para o jantar da família. Mas, na volta do supermercado, pai e filha sofreram um acidente. “Eu escutei só um barulho forte e não vi mais nada. Quando eu acordei só alguém tocando meu tórax e falando que era o socorrista. Eu falei pra não se preocupar comigo e ver minha filha primeiro”, conta Luiz Fernando.

 

Após ser levado para o hospital, o pai de Rafaela ligou para minha esposa para saber como a filha estava, foi quando recebe a notícia da morte da menina.

 

Muito emocionado, Luiz Fernando disse que a filha ia terminar o ensino médio este ano e pretendia prestar concursos.


A Delegacia do Adolescente recebeu o caso nesta segunda-feira (6) e abriu um inquérito para investigar o acidente. O adolescente, de 12 anos, deve responder por ato infracional semelhante aos crimes de homicídio culposo e lesão corporal. O avô do menino também será responsabilizado.

 

O pai de Rafaela conta que o avô do menino esteve na casa família e que não tem ressentimento do menino que causou o acidente. “Eu sinto pena dele. Ele vai ter que viver com isso o resto da vida, igual eu jamais vou esquecer da minha filha, ele jamais vai esquecer do ele fez. Espero que ele crie juízo, escute pai e mãe e os avós”, completou Luiz Fernando.