11 de abril de 2025 marca o início oficial de uma nova era nas rodovias do Oeste Paraná. A partir de hoje, a concessionária EPR Iguaçu assume o controle do lote 6 das estradas estaduais e federais, um dos maiores pacotes de concessão do país. Embora a cerimônia oficial de apresentação fique para a próxima semana, os trabalhos já começaram.
Nossas equipes percorreram trechos importantes da BR-277, que liga o Oeste ao restante do estado. Foz do Iguaçu, por exemplo, carrega um papel histórico na construção da integração rodoviária, sendo ponto final da rodovia. O trecho entre Foz e Cascavel é um dos mais aguardados para duplicação total, promessa que só deve se concretizar até 2031, com previsão de início da obra no perímetro urbano da capital do Oeste em 2030.
A nova concessão cobre mais de 660 quilômetros de rodovias e prevê R$ 20 bilhões em investimentos ao longo de 30 anos. As obras vão desde duplicações, viadutos, passarelas e marginais, até áreas de escape em pontos críticos como a Serra da Esperança, em Guarapuava. A duplicação entre Matelândia e Prudentópolis será concluída em fases, com prazos entre 2028 e 2030.
Apesar do novo modelo de concessão e fiscalização mais rígida da ANTT, os valores das tarifas já causam preocupação. Em São Miguel do Iguaçu, o preço estimado é de R$ 15,74. Em Lindoeste, onde há várias obras inacabadas, o valor será o mais alto do lote: R$ 18,20. A Fiep também divulgou projeções atualizadas, considerando a inflação: em Laranjeiras do Sul, por exemplo, o pedágio pode chegar a R$ 18,79.
No sudoeste do Paraná, onde rodovias são concedidas pela primeira vez, a expectativa é positiva devido ao volume de obras previstas, como o Contorno de Lindoeste e o de Marmeleiro. Já o setor produtivo demonstra cautela: sindicatos rurais e de transporte cobram o cumprimento do cronograma e temem repasses nos custos ao consumidor final.
A cobrança ainda não tem data definida, mas as praças já estão sendo adequadas. Cascavel, por exemplo, terá tarifa próxima de R$ 14,80. Agora, resta à população e às entidades fiscalizadoras acompanhar de perto os próximos passos da nova concessão para garantir que as promessas saiam do papel.