A perseguição que terminou na morte do soldado Ariel Júlio Rubenich, de 34 anos, mobilizou equipes da Polícia Militar e câmeras de monitoramento por mais de seis quilômetros na noite de segunda-feira (26), em Cascavel. O motorista do carro branco, que já tinha outras passagens pela polícia, fugiu de uma abordagem de rotina durante um patrulhamento de trânsito. Segundo relatos, o escapamento do veículo estaria adulterado, o que motivou a tentativa de abordagem.
Imagens feitas por câmeras e por moradores mostram o suspeito avançando preferenciais em alta velocidade durante a fuga. O trajeto seguiu por várias ruas da cidade até que, no cruzamento da Avenida Tancredo Neves com a Rua Vitória, o soldado Ariel e outro policial tentaram parar o carro. Conforme a PM, o motorista lançou o veículo contra o policial, que foi atingido e arremessado contra uma árvore. Ele morreu ainda no local.
Mesmo após provocar o acidente, o suspeito continuou fugindo e só foi detido na Rua Tapajós, no bairro Santa Cruz. Ele foi preso em flagrante e encaminhado à delegacia. Entre os crimes atribuídos ao motorista estão homicídio qualificado, resistência, desobediência, dirigir sem habilitação e dirigir sob efeito de drogas ou álcool, além de porte de drogas para consumo.
A mãe do detido, que estava no local da prisão, passou mal e precisou ser encaminhada para a UPA Tancredo Neves, onde morreu pouco depois de dar entrada.
O carro usado na fuga foi apreendido e levado para o pátio da Polícia Civil, onde deve passar por perícia.
No local da morte do soldado, o clima era de forte comoção entre colegas. Ariel era casado e pai de duas crianças, de quatro anos e seis meses. O velório ocorre até as 14h desta quarta-feira (27), na Acesc, e depois o corpo será levado para Santo Antônio do Sudoeste, onde será sepultado. Em nota, a Polícia Militar lamentou profundamente a perda.