Após uma mudança repentina nos planos da Prefeitura de Cascavel, a situação da Polícia Militar em relação à sede da ESFAEP (Escola de Formação da Polícia Militar) se tornou uma preocupação. A decisão de transferir a instalação da escola de formação, aperfeiçoamento e especialização de praças, que atualmente funciona de maneira improvisada no Cebeja, gera novos questionamentos sobre o futuro da corporação na cidade.
Quando a notícia da criação da sede própria da ESFAEP foi divulgada, a Polícia Militar comemorou a conquista, destacando a importância desse reforço para a segurança pública local. O Conselho dos Gestores de Segurança Pública de Cascavel, após muita insistência, conseguiu garantir que a escola fosse instalada na cidade, mesmo com a forte pressão da Secretaria de Estado da Segurança Pública para que a unidade fosse localizada em Foz do Iguaçu.
Em junho de 2022, o deputado estadual Márcio Pacheco, o Governador Ratinho Júnior e o Coronel Hudson Leôncio Teixeira, então comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, assinaram a autorização para a implantação da ESFAEP. No entanto, o que parecia uma vitória para a cidade de Cascavel acabou sendo contestado, com a mudança de planos do poder público.
A Polícia Militar foi surpreendida quando a Prefeitura anunciou que o prédio do antigo CISOP, onde estava prevista a instalação da escola, seria destinado à Secretaria de Segurança Pública de Cascavel, com o intuito de integrar as guardas municipais e outras forças de segurança. A mudança gerou frustração e incerteza sobre o futuro da ESFAEP.
Em resposta, a Prefeitura ofereceu à Polícia Militar um novo local, onde atualmente funciona a base da Guarda Municipal no bairro Morumbi. No entanto, esse novo espaço também necessita de reformas significativas, o que complicou ainda mais a situação. Diante disso, a Polícia Militar convocará uma reunião com o poder público na próxima semana para discutir as condições e tomar uma decisão final sobre o destino da ESFAEP.
Diferente da proposta anterior, que não foi cumprida, a Polícia Militar agora exige que qualquer decisão seja formalizada e documentada, buscando garantir que a situação da escola de formação seja resolvida de uma vez por todas.