A Polícia Científica ganhará um novo laboratório que será responsável pela coleta de DNA em Londrina. Ele será construído anexo ao prédio que fica localizado na Avenida Dez de Dezembro. A informação foi dada em primeira mão pelo chefe da unidade, Luciano Bucharles, durante entrevista ao Jornal Tarobá FM, apresentado por Rodrigo Marine.
A novidade deve agilizar procedimentos de reconhecimento e
liberação de corpos. Para Bucharles, é um avanço enorme e um ganho na parte logística,
já que hoje muitos procedimentos que envolvem DNA são feitos apenas na capital.
Além disso, a rapidez para liberar os corpos para as famílias foi algo a ser
considerado.
Com isso, um processo de identificação por DNA, que hoje
pode durar de dois a três meses, com o laboratório rápido, poderá ser resolvido
em questão de algumas horas.
“A Polícia Científica do Paraná segue os mesmos protocolos
da Interpol. Impressão Digital, Arcada Dentária e DNA. Quando não conseguimos
nas duas primeiras opções, obrigatoriamente precisamos do exame de DNA e tem
uma demora por conta da centralização na capital. Com a implementação deste
laboratório na cidade, será possível resolver 95% dos casos em Londrina mesmo
em um prazo de 90. Mas com isso, de 3 a 4 horas será possível ter a identificação
da pessoa”, afirmou Bucharles.
O custo estimado para a construção do anexo e para a
aquisição do equipamento custará aproximadamente R$ 8 milhões. Segundo a
Polícia Científica, o estado avalia a possibilidade de firmar uma parceria com
a prefeitura de Londrina, para que o município fique responsável pela obra, que
ainda não tem data para começar.
O equipamento portátil será o primeiro a ser implantado no Paraná.
No município, são realizados em média de 1.000 exames de necropsia por ano.
Deste total, 5% dos corpos necessitam de identificação por meio do DNA, que dá,
aproximadamente, de três a quatro casos por mês.