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Polícia Civil prende autor de feminicídio de idosa em 2024, em Apucarana

01 dez 2025 às 19:55

A Polícia Civil do Paraná prendeu preventivamente, na manhã desta segunda-feira (1º), o principal suspeito do assassinato da idosa Maria Vanusa da Silva, de 64 anos, em Apucarana. O homem, de 27 anos, morador do Jardim Itália, em Rolândia, foi detido após uma investigação detalhada que se estendeu por mais de um ano.


Segundo o delegado André Garcia, da 17ª Subdivisão Policial (SDP), o suspeito será indiciado pelo crime de feminicídio.


Maria Vanusa, que era viúva e morava sozinha no Núcleo Habitacional Djalma Mendes, desapareceu em 29 de maio de 2024. O corpo da idosa foi encontrado menos de três meses depois, em 13 de agosto, nos fundos do Loteamento Residencial Orlando Bacarin.


Contradições e Provas


O delegado explicou que o caso, inicialmente tratado como desaparecimento, ganhou novos contornos após análises minuciosas. A investigação apontou que a vítima e o autor se conheceram através de sites de relacionamento e mantinham contato virtual com troca de fotos e vídeos há pelo menos seis meses antes do crime.


O suspeito chegou a ser preso temporariamente em junho do ano passado, quando a polícia encontrou a aliança e a bolsa da vítima escondidas no porta-malas do seu carro, além de rastrear o celular de Maria Vanusa, que havia sido revendido em Cambé.


Na época, o homem alegou ter encontrado os pertences na rua e negou conhecer a idosa. No entanto, o delegado refutou a versão: "Nós descobrimos que, na verdade, ele mantinha contato com a senhora Maria Vanusa... quando analisados os dados de aparelho celular, os dados telemáticos, nós descobrimos que eles vinham trocando mensagens havia pelo menos seis meses, inclusive com troca de arquivos de fotos e vídeos", detalhou André Garcia.


Outra evidência crucial foi a descoberta de que, antes que o corpo de Maria Vanusa fosse encontrado, o suspeito realizou diversas pesquisas na internet utilizando o nome da vítima. "Ou seja, ele estava, evidentemente, buscando notícias, buscando saber se o cadáver já havia sido encontrado", afirmou o delegado.


O delegado Garcia destacou o trabalho do setor de Homicídios da 17ª Subdivisão de Polícia Civil de Apucarana, que levou mais de um ano para a conclusão do inquérito.