A presença de metanol, uma substância extremamente tóxica, em bebidas destiladas tem acendido um alerta na população e nas autoridades sanitárias. O fim de semana registrou um aumento na apreensão de produtos adulterados, levantando preocupação sobre a segurança do consumo e incentivando a troca de destilados por cerveja. Diante do risco, a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) se manifestou, orientando o setor a adotar medidas rigorosas para garantir a qualidade dos produtos oferecidos.
O metanol, ou álcool metílico, é um composto químico tóxico que, quando ingerido, pode causar cegueira, danos ao sistema nervoso e até mesmo a morte. Imagens de laboratório (mostradas no vídeo) confirmam a realização de testes para detectar a substância em amostras de uísque e vodka, reforçando a gravidade do problema.
Em entrevista, Henrico Tamiozzo, presidente da Abrasel, destacou que a principal recomendação é comprar apenas produtos de origem conhecida e com selo fiscal. “O consumidor precisa redobrar a atenção. Em bares e restaurantes, a orientação é sempre trabalhar com fornecedores confiáveis e exigir nota fiscal de todas as bebidas”, afirmou.
A maior preocupação está no mercado de destilados, onde a troca de etanol por metanol é uma forma de adulteração criminosa que busca lucro ilegal, expondo a vida dos consumidores a alto risco.
A reação da população tem sido de cautela, com muitos optando por marcas reconhecidas e evitando o consumo em locais de procedência duvidosa. As autoridades sanitárias intensificaram as fiscalizações em fábricas clandestinas e comércios suspeitos, buscando retirar produtos adulterados do mercado.
Especialistas alertam que a diferença entre etanol e metanol é imperceptível a olho nu, tornando o perigo ainda mais silencioso. A certificação de origem e a análise laboratorial são as únicas formas seguras de consumo. O combate à adulteração é essencial para proteger a saúde pública e preservar a credibilidade do setor de bebidas.