A falta de segurança, especialmente na região central de Cascavel, tornou-se um problema crônico, gerando grande preocupação tanto entre empresários quanto entre moradores. A criminalidade, principalmente na Rua Paraná e na Avenida Brasil, tem levado a população a temer até mesmo sair às ruas. O tráfico e o uso de drogas em plena luz do dia têm sido frequentes, e um trecho que antes era movimentado por bares e restaurantes agora é conhecido como a "Cracolândia de Cascavel", uma área desolada e dominada pela violência.
Sem segurança, a comunidade local se uniu em busca de ajuda, fazendo um apelo urgente para que o poder público tome providências. O aumento no número de usuários de drogas e moradores em situação de rua também tem se espalhado para outras regiões da cidade. Um exemplo recente foi um incidente ocorrido na noite de quarta-feira, na Avenida Carlos Gomes, na região do Bairro Ciro Nardi, onde um homem, aparentemente em surto e praticando atos obscenos, foi encontrado nu. O caso assustou os moradores, que acionaram a Polícia Militar. O homem, que apresentava sinais de uso de drogas, foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Diante de tantos problemas, o poder público reconheceu a gravidade da situação e criou um comitê intersecretarial, reunindo todas as pastas responsáveis, com o objetivo de buscar soluções permanentes e imediatas para a questão. As discussões sobre o problema serão realizadas semanalmente com os responsáveis por cada área.
Para combater a criminalidade, a Secretaria de Segurança Pública tem contado com o apoio da comunidade, incentivando a população a colaborar com denúncias, vídeos e até abaixo-assinados. A ideia é sensibilizar o poder judiciário e garantir uma resposta eficaz para os problemas que afligem a cidade.
Um ponto importante discutido pelo comitê foi a prática de doação de esmolas, que tem prejudicado o trabalho da Secretaria de Assistência Social, que oferece suporte às pessoas em situação de rua. A orientação é que a população não contribua com doações diretas, uma vez que o apoio deve ser feito pelo poder público, por meio dos serviços de assistência social já estruturados para esse fim.