Uma realidade desafiadora marca o dia a dia de Foz do Iguaçu, na fronteira: como equilibrar o acolhimento de pessoas em situação de rua com as demandas de segurança e limpeza da cidade? Por lei, ninguém pode ser obrigado a buscar atendimento em abrigos ou casas de passagem – essa escolha deve ser voluntária.
No entanto, moradores e comerciantes relatam problemas como sujeira, sensação de insegurança e o impacto na rotina da cidade e no turismo, agravado pelo fato de que muitos vivem em situação de dependência química.
Na noite desta quinta-feira (16), a prefeitura deu início a uma ação chamada "Ruas Visíveis", envolvendo equipes de segurança pública e assistência social. O objetivo foi acolher e orientar essas pessoas, oferecendo ajuda e alternativas para deixar as ruas.
A operação se concentrou em três pontos: a Praça da Bíblia, a Praça Naipi e a Avenida República Argentina. Durante a ação, 14 pessoas em situação de rua foram abordadas. Dessas, sete recusaram atendimento, seis aceitaram ser encaminhadas para Casas de Passagem, e uma pessoa, que estava embriagada, recebeu orientações no local.
Além disso, as equipes realizaram buscas ativas em outros pontos de concentração da população de rua, como os arredores do Terminal de Transporte Urbano. No entanto, nenhum caso foi registrado nesses locais na noite de ontem.
A iniciativa marca o início da nova gestão municipal e busca oferecer um tratamento humanizado às pessoas em situação de rua, promovendo acolhimento e suporte enquanto considera os desafios de convivência em uma cidade de grande fluxo de pessoas e turistas.