A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), inaugurou nesta sexta-feira (24) o Polo Municipal Multidisciplinar e Intersetorial Maria Clara Dias Dutra, um espaço de atenção à Educação Especial, na perspectiva de uma Educação Inclusiva, com objetivo de apoiar todas as unidades escolares da rede. O Polo está localizado na rua Benjamin Constant, 800, na região central, para facilitar o acesso das pessoas que são atendidas no local. A solenidade de inauguração ocorreu na manhã de hoje, na sede da unidade.
O Polo acompanha os processos de avaliação das necessidades educacionais específicas dos estudantes, assessorando o trabalho das equipes de Educação Especial que atendem as Escolas, Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e Centros de Educação Infantil (CEIs) filantrópicos da Rede Municipal de Educação de Londrina, a Coordenadoria de Mediação e Ação Intersetorial com Programa Professor Mediador Facilitador Escolar e Comunitário, a Sala de Recursos para Altas Habilidades/Superdotação, Salas de Recursos Multifuncionais, Classes para Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), Recuperação Paralela, Professores de Apoio à Inclusão, Professor do Serviço de Atenção a Rede de Escolarização Hospitalar.
O local também vai ofertar formação para esses profissionais e demais membros das comunidades escolares na área da Educação Especial na perspectiva de uma Educação Inclusiva. Atualmente, o polo conta com 16 professores especialistas em Educação Especial e Psicopedagogia e cinco psicólogos que realizam o apoio às cinco regiões da cidade. A Coordenadoria de Mediação e Ação Intersetorial conta com 18 professores desempenhando a função de Professor Mediador Facilitador Escolar e Comunitário e um assistente social, também organizados por região.
O nome é uma homenagem à Maria Clara Dias Dutra, bebê que nasceu com Síndrome de Down e uma cardiopatia severa e que, apesar de tão pouco tempo de vida, ensinou muito sobre o amor, paz e esperança para todos ao seu redor. Maria Clara era filha de Paulo Afonso Negro Dutra e Juliane Mendes Alves Dias Dutra, irmã de Pedro Henrique Dias Dutra e João Guilherme Dias Dutra. Durante a solenidade de inauguração, o prefeito Marcelo Belinati sancionou a Lei nº 13.675, que homenageia Maria Clara.
O prefeito Marcelo Belinati agradeceu a presença dos pais de Maria Clara e disse que o nome dela ficará eternizado. Ele também enfatizou que as crianças com deficiência precisam de um trabalho especializado, além de muito de amor, acolhimento e atenção. “É emocionante participar deste momento, a educação municipal de Londrina é exemplo para todo o país, temos profissionais altamente capacitados, recentemente contratamos professores mediadores, psicólogos, temos 901 professores de apoio, e tudo isso contribuiu com a qualidade do ensino da rede municipal”, afirmou.
O prefeito também lembrou dos investimentos que a Prefeitura tem feito na rede municipal. “A evolução tem sido muito grande, contratamos quase 2 mil professores, trocamos todos os equipamentos das unidades escolares, como fogões, geladeiras, quadros, carteiras, cadeiras e outros. Até o final do mandato, vamos ter entregue 30 novas escolas e creches, com tudo o que tem de mais moderno, já reformamos todas as outras, as crianças que antes não tinham uniforme agora têm, também fornecemos material escolar e a merenda, que antes era inadequada e hoje é uma das melhores do Brasil, acompanhada por nutricionistas”, afirmou.
A secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, explicou que o novo polo atende as famílias das crianças com altas habilidades, de crianças que precisam de intervenção no processo de aprendizagem. “A equipe do polo atende as escolas, sai para fazer avaliações, faz os encaminhamentos com os nossos psicólogos e os professores mediadores. É muito importante ter um espaço como este, porque temos muita diversidade nos atendimentos, então ter um local que é referência é fundamental para agilizar as respostas às famílias e aos alunos”, disse.
Paula Ceneglian tem um filho (Benjamin, de 9 anos) que é atendido na Sala de Recursos para Altas Habilidades/Superdotação. E seu outro filho, Lorenzo, também foi atendido na mesma sala, em 2017, na época com 8 anos. “Acompanho este trabalho desde a primeira turma, que tinha uns 12 alunos. Eram alunos esquecidos, deixamos de lado nas escolas, e esta gestão construiu um local só para eles. A criança com altas habilidades precisa ser vista pela sociedade, ela tem muito potencial, mas no Brasil, muitas vezes, não conseguimos ajudá-la. E o município, tendo esta sala de recursos, consegue potencializar as habilidades que ela tem”, contou.
