O Procon de Cambé enviou uma notificação na sexta-feira (30/08) à Sanepar em relação à qualidade da água no município. O órgão explicou que diversos consumidores reclamaram do mau cheiro e gosto ruim do produto assim que a água voltou após falta de abastecimento no início da semana. A Sanepar tem agora 10 dias para apresentar suas considerações sobre os fatos, assim como apresentar a condição da água fornecida com laudos dos últimos três meses.
De acordo com Willian Trair, coordenador do Procon em Cambé, a empresa ainda deverá informar se existem e quais são os elementos químicos e físicos que se encontram presentes na água distribuída e que estão alterando seu gosto e cheiro, o que deverá ser demonstrado através dos laudos. Além disso, também deverá especificar e demonstrar documentalmente quais medidas de segurança foram ou estão sendo implantadas para garantir tanto a qualidade da água potável para o consumo humano, como também para que não ocorram interrupções no fornecimento de água para a população de nossa cidade.
“Saúde é um direito fundamental do cidadão, consagrado em nossa Constituição Federal, e é dever do Estado garantir esse direito a todos, assim como os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento. Todos são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. Recebemos inúmeras reclamações aqui, através das redes sociais, além das notícias veiculadas pela imprensa regional, por isso entramos com essa notificação”, ressaltou o coordenador.
Train destaca ainda que o art. 3º, do Anexo XX da Portaria 05/17, do Ministério da Saúde, dispõe que toda água destinada ao consumo humano, distribuída coletivamente por meio de sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água, deve ser objeto de controle e vigilância de qualidade da água, cabendo à Sanepar promover de forma eficiente o controle da qualidade da água distribuída para a população.
A equipe de reportagem do Portal Tarobá entrou em contato com a Sanepar e aguarda retorno sobre o caso.
